Visual da bolha imobiliária na China
Paulo Gala é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP) e economista da Fator Administração de Recursos
O caso chinês é uma “milagre” produzido por crédito direcionado e fortíssima intervenção estatal no sentido de criar infraestrutura (portos, rodovias, ferrovias e aeroportos), capacidade de produção industrial e construções residenciais e comerciais.
Representando menos de 40% do PIB, o consumidor chinês ainda não é capaz de manter a economia crescendo a 7,5% ao ano. Talvez seja no futuro, mas não agora.
Ou seja, se o setor de construção parar e o governo interromper os investimentos em infraestrutura, o crescimento chinês cairá rapidamente abaixo dos 6% (se é que já não esta lá); o altíssimo nível de poupança das famílias chinesas só agrava o problema de tentar sustentar o crescimento com base no consumo.
*Shanghai em 1987 e 2013