Comprar ou vender?

Você talvez nunca tenha entrado nesta varejista, mas a ação é boa opção de longo prazo

21 jan 2022, 14:21 - atualizado em 21 jan 2022, 14:21
Quero Quero
As lojas têm como atividade principal produtos de construção e ferramentas, mas também vendem móveis, celulares, TVs e áudio e eletrodomésticos (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Com 440 lojas apenas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e agora no Mato Grosso do Sul, talvez você nunca tenha entrado em uma unidade da Lojas Quero-Quero (LJQQ3), mas ela é uma das varejistas com maior potencial de crescimento de longo prazo da Bolsa brasileira.

“Avaliamos que a empresa tem um modelo de negócios bastante singular, ao construir uma rede de lojas pequenas em cidades do interior com elevados níveis de rentabilidade, graças ao segmento de serviços financeiros”, avalia Thiago Macruz, líder da análise de varejo no research do Itaú BBA.

As lojas têm como atividade principal produtos de construção e ferramentas, mas também vendem móveis, celulares, TVs e áudio e eletrodomésticos.

Outro foco da empresa agora está no avanço das receitas de serviços financeiros, o que pode aumentar o prazo médio da carteira de crédito, pondera Macruz. “Em tempos de crise, isso eleva o risco de deterioração da carteira, o que deve ser monitorado”, diz.

Estimativas

A equipe do Itaú BBA projetou um valor justo para as ações da Lojas Quero-Quero de R$ 14, o que sugere um potencial de valorização de 58% na comparação com o fechamento de quinta-feira (20). A recomendação é de compra.

O banco avalia que, nos últimos quatro anos, a empresa conseguiu acelerar sua expansão orgânica, com crescimento composto em termos de lojas de 16%. Para o setor de varejo, este valor representa fonte de crescimento contratado relevante no curto e médio prazo, levando em consideração que uma nova loja demora, em média, seis anos para alcançar maturidade nas vendas.

“No entanto, ressaltamos que o ambiente macroeconômico desafiador pode afetar os retornos marginais da companhia. Esperamos que este número fique abaixo do custo de capital no curto prazo e se recupere a partir de 2023, o que torna o papel interessante para o investidor de longo prazo”, conclui.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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