BusinessTimes

Votorantim congela aquisições à espera de clareza em pandemia

21 maio 2020, 11:53 - atualizado em 21 maio 2020, 11:55
O conglomerado, que controla a mineradora Nexa Resources e a Citrosuco, decidiu cortar investimentos e adiar aquisições depois da queda de 46% do lucro operacional no primeiro trimestre (Imagem: Reprodução/Facebook Somos Votorantim)

A Votorantim vai adiar os planos de diversificar o portfólio, concentrado em commodities, com ativos de energia e infraestrutura menos cíclicos.

O conglomerado, que controla a mineradora Nexa Resources e a Citrosuco, decidiu cortar investimentos e adiar aquisições depois da queda de 46% do lucro operacional no primeiro trimestre.

As medidas de isolamento durante a pandemia interromperam operações no Peru, Colômbia e Argentina, e a turbulência econômica global pesou nos preços dos metais.

“Nossos planos não mudaram, foram adiados”, disse o diretor financeiro Sergio Malacrida.

A Votorantim planeja reduzir os investimentos em 18%, para R$ 3,3 bilhões neste ano. A retomada das fusões e aquisições vai depender da maior clareza sobre a evolução da pandemia.

A empresa tem observado uma melhora no ritmo das operações. Duas das três minas no Peru retomaram as operações na semana passada, a mineração na Argentina foi reiniciada nesta semana e as operações na Colômbia devem recomeçar no fim do mês, disse.

O desempenho da divisão de cimento na Argentina tem sido relativamente bom, pois a inflação alta mantém o apelo de investimentos do setor imobiliário e de construção.

A Votorantim possui participação de 50% na Citrosuco, maior exportadora mundial de suco de laranja. Após anos de demanda em queda, o consumo da bebida aumentou com a maior procura por fontes de vitamina C.

Os futuros do suco de laranja acumulam alta de 25% neste ano, o que deve elevar os patamares de preço nos contratos em renovação com empresas de bebidas, disse.

“Porém, não sabemos se essas mudanças serão perenes após o vírus e como será o mundo”, disse. “O momento é de cautela.”

O grupo registrou prejuízo líquido de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, comparado ao lucro líquido de R$ 4,4 bilhões em igual período do ano anterior.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.