Vulcabras (VULC3): UBS BB inicia cobertura e calcula potencial de alta de 22%

O UBS BB iniciou a cobertura da Vulcabras (VULC3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 24 para o final de 2026, implicando um potencial de alta de cerca de 22% para a ação.
Os analistas destacam que, após um período de investimentos elevados em capacidade e construção de marca, a empresa de calçados e artigos esportivos deve retomar a trajetória de expansão do Retorno sobre o Capital Investido (ROIC).
“As margens em 2025 foram impactadas por um aumento de cerca de 20% no quadro de funcionários, que deve se estabilizar após o 3º trimestre, preparando o terreno para a recuperação das margens a partir de 2026 — uma tendência que acreditamos estar subestimada pelo mercado”, afirmam os analistas no relatório.
O crescimento da receita deve continuar apoiado pelo fortalecimento do reconhecimento da marca, com a pesquisa do UBS Evidence Lab mostrando melhoria consistente ao longo dos anos e um avanço notável em 2024.
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Com cerca de 80% da receita proveniente do atacado, a expansão do DTC (vendas diretas ao consumidor) e a inclusão de novas marcas também devem impulsionar o crescimento. As projeções indicam um CAGR do EPS (taxa de crescimento anual composta do lucro por ação) de +10% em cinco anos e dividend yield de 8,2% em 2026.
O banco ressalta que a Vulcabras atua em um mercado de artigos esportivos de R$ 32 bilhões, com o segmento de calçados esportivos crescendo acima da média e representando hoje 58% da categoria, apoiado por uma comunidade de corredores em expansão no Brasil.
A Olympikus se destacou como o tênis mais usado na Maratona Internacional de São Paulo, com 29% dos participantes utilizando a marca, impulsionada pelo sucesso do modelo de corrida “Run”, responsável por mais de 20% da receita da empresa e o tênis mais usado por corredores brasileiros no app Strava. “O crescimento contínuo do setor é um pilar chave para nossa estimativa de taxa de crescimento anual composta (CAGR) de +11% da receita nos próximos cinco anos”, destacam os analistas.
Além disso, o modelo verticalmente integrado da companhia — que cobre desenvolvimento de produto, fabricação local e distribuição — proporciona vantagem competitiva significativa, com tempo de lançamento no mercado de aproximadamente 4 meses, cerca de um terço do tempo de grandes concorrentes.
Essa agilidade permite à empresa responder rapidamente às tendências do mercado, enquanto possibilita que os parceiros de varejo operem com estoques mais enxutos e contribui para ganhos contínuos de participação de mercado.
“Após um ciclo de investimentos mais intenso em 2024–25, não esperamos acréscimos significativos no quadro de funcionários, o que deve permitir à Vulcabras retomar a expansão das margens, apoiada por um mix de produtos mais diversificado, crescimento da venda direta ao consumidor e alavancagem operacional, com margens projetadas para subir de 21,2% em 2025E para ~22-23% no longo prazo”, concluem os analistas.
Nesta sexta-feira (17), por volta de 11h (horário de Brasília), as ações VULC3, negociadas fora do Ibovespa (IBOV), avançavam mais de 3%, cotada a R$ 20,23.
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