Mercados

Índices de Wall Street derretem com Nvidia (NVDA) e Powell; Nasdaq cai mais de 3%

16 abr 2025, 17:05 - atualizado em 16 abr 2025, 17:09
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Wall Street fechou em forte queda com derrocada das ações de Nvidia após decisão do governo sobre a exportação de semicondutores para a China (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson/File Photo)

Wall Street operou em forte volatilidade nesta quarta-feira (16) e encerrou a sessão em tom negativo. Escalada da tensão entre EUA e China, anúncio de despesa bilionária da Nvidia e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) movimentaram e pressionaram os índices norte-americanos.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: -1,73%, aos 39.669,39 pontos;
  • S&P 500: -2,24%, aos 5.275,70 pontos;
  • Nasdaq: -3,07%, aos 16.307,16 pontos.

Desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou as tarifas recíprocas, em 2 de abril, o S&P 500 e o Nasdaq acumulam queda de cerca de 6%. Já o Dow Jones tem recuou de 5%.

O que movimentou Wall Street hoje?

A guerra tarifária entre os Estados Unidos e China continuam a pressionar os mercados globais, em meio a incertezas sobre os impactos de uma guerra comercial e escalada das tensões entre as duas maiores economias do mundo.

Mas foi o alerta da Nvidia e as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) foram os “culpados” pela forte queda nos índice de Wall Street nesta quarta-feira (16).

As ações da Nvidia (NVDA) chegaram a cair mais de 10% durante o pregão.

Ontem (15), o governo dos Estados Unidos anunciou novos requisitos de licenciamento para exportações de chips, incluindo o chip de inteligência artificial H20 da Nvidia, o MI308 da AMD e seus equivalentes. Segundo autoridades da Casa Branca, as novas regras tratam de preocupações de que “os produtos possam ser usados ou desviados para um supercomputador na China”.

Após a decisão do governo, a gigante de chips anunciou que terá uma despesa trimestral de US$ 5,5 bilhões em relação aos encargos — associados a produtos em estoque, compromissos de compra e reservas relacionadas — com as mudanças nas licenças para as exportações.

Além disso, a Casa Branca “corrigiu” de novo a alíquota tarifária sobre os produtos chineses. Agora, as taxas somam 245%. 

Já no início da tarde, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “mudanças políticas significativas” do governo de Donald Trump devem afastar o Banco Central norte-americano de suas metas.

“Podemos nos encontrar em um cenário desafiador em que nossas metas de duplo mandato estejam em tensão”, disse Powell no Clube Econômico de Chicago. “Se isso ocorrer, consideraremos o quão distante a economia está de cada meta e os horizontes de tempo potencialmente diferentes ao longo dos quais se prevê que essas respectivas lacunas se fechem”.

Isso porque, segundo Powell, as tarifas de importação deve gerar inflação mais alta e crescimento mais lento. Para ele, os efeitos da política tarifária permanecem “altamente incertos” e é esperado que a volatilidade nos mercados permaneça por algum tempo.

Após as falas, os agentes financeiros elevaram a aposta de que o Federal Reserve (Fed) deve manter os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano na próxima reunião, em maio.

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os traders veem 81,5% de chance de o Fed decidir pela manutenção dos juros, ante a probabilidade de 81,4% ontem (9). Para o mês de junho, os operadores consolidaram a aposta de corte de 25 pontos-base,

Novos dados econômicos nos EUA ficaram em segundo plano. A produção das fábricas aumentou 0,3% no mês passado, após alta revisada para cima de 1,0% em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Fed. Os economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,3% na produção, após avanço de 0,9% relatado anteriormente em fevereiro.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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