Mercados

Wall Street tem forte recuperação e sobe 1% de olho em novo corte nos juros

21 nov 2025, 18:08 - atualizado em 21 nov 2025, 18:17
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(Imagem: 400tmax/Getty Images Signature)

Os índices em Wall Street tiveram uma sessão de fortes ganhos, em recuperação da véspera, com novas declarações de dirigentes do Federal Reserve — que reforçaram as apostas de corte nos juros em dezembro.

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Confira o fechamento dos índices:

  • Dow Jones: +1,08%, aos 46.245,41 pontos;
  • S&P 500: +0,98%, aos 6.602,99 pontos; 
  • Nasdaq: +0,88%, aos 22.273,08 pontos.

Mesmo com a forte valorização, os índices encerraram a semana em queda. O S&P 500 e o Dow Jones caíram cerca de 1% e o Nasdaq recuou 2% no acumulado das últimas cinco sessões.

O que movimentou Wall Street?

O apetite a risco voltou aos mercados com a virada na precificação da trajetória dos juros nos Estados Unidos. Os agentes financeiros consolidaram as apostas de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário na maior economia do mundo, em meio a novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA).

Em destaque, o presidente da unidade do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que o BC ainda pode cortar os juros “no curto prazo”.

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“Considero a política monetária moderadamente restritiva, embora um pouco menos do que antes de nossas recentes ações”, disse Williams em um discurso em Santiago, Chile.

“Portanto, ainda vejo espaço para um novo ajuste no curto prazo na meta para a taxa de juros dos fundos federais, a fim de aproximar a postura da política monetária da neutralidade, mantendo assim o equilíbrio entre a consecução de nossos dois objetivos”, acrescentou.

Na mesma linha, o diretor do Fed, Stephan Miran, afirmou que pode votar a favor de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros na próxima reunião, em dezembro. Nas duas últimas reuniões, ele votou em uma redução maior, de 0,50 ponto percentual.

“Eu votaria com certeza em um corte de 25 pontos-base se meu voto fosse o voto decisivo, não há dúvida sobre isso”, disse Miran em entrevista à Bloomberg Television. “Fazer o contrário seria causar danos reais à economia por vaidade, e não é isso que eu sou.”

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Após as declarações, o mercado consolidou as apostas de um novo corte nos juros norte-americanos, concentrando as atenções nas falas de Williams. Perto do fechamento, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 69,7% de chance de o Fed reduzir os juros para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Ontem (20), a probabilidade era de 39,1%. A expectativa de manutenção dos juros caiu de 60,9% ontem para 30,3% hoje.

Dados atrasados pelo ‘shutdown’

Os dados atrasados pelo ‘shutdown’ também devem nortear a política monetária daqui para frente.

Nesta sexta-feira (21), o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos cancelou a divulgação do relatório de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro. O motivo é a paralisação do governo, que durou 43 dias, e interrompeu a coleta de dados durante o mês passado.

“(O escritório) não tem condições de coletar esses dados retroativamente. Para alguns índices, ele usa fontes de dados que não são de pesquisa em vez de dados de pesquisa para fazer os cálculos do índice”, disse o órgão em um comunicado.

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Já o CPI de novembro só será divulgado em 18 de dezembro.

Já na última quarta-feira (19), o Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA (BLS, na sigla em inglês) anunciou que não divulgará o payroll de outubro e o relatório referente ao mês de novembro foi adiado para 16 de dezembro. O payroll de setembro segue previsto para amanhã (20).

Apesar do bom humor, o mercado já opera com a percepção de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) não terá dados suficientes para a próxima decisão de política monetária, prevista para o dia 10 de dezembro, e, por isso, o BC norte-americano deve manter os juros inalterados.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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