Wall Street tem ‘empurrão’ de Meta e Microsoft e opera em forte alta; Nasdaq sobe 2%

Wall Street iniciou a sessão em forte alta mesmo com a liquidez reduzida nos mercados. Alguns dos principais índices europeus e a bolsa brasileira não operam nesta quinta-feira (1º) devido ao Dia do Trabalhador. Nos EUA, o feriado será comemorado em 1º de setembro neste ano.
Confira como abriram os índices de Nova York:
- S&P 500: +0,99%, aos 5.624,34 pontos;
- Dow Jones: +0,45%, aos 40.850,98 pontos;
- Nasdaq: +2,03%, aos 17.801,03 pontos.
O impulso é dado pelas big techs, que apresentaram resultados melhores que o esperado para o primeiro trimestre de 2025 (1T25).
O que mexe com Wall Street hoje?
Nos Estados Unidos, os investidores seguem acompanhando a temporada de balanços do 1T25. Na véspera (30), duas da “Sete Magníficas” divulgaram resultados que superaram as expectativas do mercado. As ações da Microsoft subiram mais de 8% no pré-mercado e as da Meta registraram ganhos de mais de 6% antes da abertura.
A Microsoft reportou lucro e receita trimestrais melhores que o esperado com impulso do negócio de nuvem Azure. A empresa fundada por Bill Gates reportou um lucro por ação de US$ 3,46, ante a previsão de US$ 3,22 por papel; a receita somou US$ 70,07 bilhões contra US$ 68,42 bilhões esperados pelos analistas consultados pela LSEG.
Já a Meta — dona do Facebook, Instagram e WhatsApp — teve um lucro por ação de US$ US$ 6,43, enquanto o mercado projetava algo próximo de US$ 5,28; a receita foi de US$ 42,31 bilhões, também acima do esperado. Durante a teleconferência de resultados, o fundador e CEO, Mark Zuckerberg, afirmou que a empresa está “tendo um bom desempenho” e que está “bem posicionada para navegar pela incerteza macroeconômica”.
Outras duas “magníficas” divulgam os números do 1T25 nesta quinta-feira (1º): Amazon e Apple.
Além disso, a General Motors (GM) reduziu a previsão de impacto da política tarifária do governo Trump para a faixa entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões no lucro deste ano. As ações subiram mais de 3% no pré-mercado.
Os dados econômicos também movimentam o pregão. O número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 18 mil na semana encerrada em 26 de abril, para 241 mil solicitações, de acordo com o Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou acima da previsão dos analistas consultados pela Dow Jones, que estimavam 225 mil pedidos no período. Esse também foi o maior total desde 22 de fevereiro.
Os investidores agora aguardam o relatório de empregos, o payroll, de abril, que será publicado amanhã (2). O dado é a referência do Federal Reserve (Fed) para o mercado de trabalho norte-americano e deve calibrar as apostas sobre a decisão do Banco Central dos EUA, que será divulgada na próxima quarta-feira (7).
Hoje (1º), os agentes financeiros veem 95,6% de o Fed manter os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% na próxima semana, segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group. Os traders, por sua vez, elevaram a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual nos juros, para o intervalo d e4,00% a 4,25%, na reunião de junho de 63,2% (ontem) para 69,6% (hoje) — sendo a aposta majoritária.
Bolsas na Ásia e Europa
Na Ásia, os principais índices encerraram a sessão em alta após a decisão do Banco Central do Japão (BoJ) em manter os juros inalterados, a 0,5%, pela segunda vez consecutiva. O BoJ também cortou a projeção de crescimento do país de 1,1% para 0,5% — considerando o encerramento do ano fiscal em março de 2026.
Em coletiva de imprensa após a decisão de hoje, o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, disse que o BC japonês pode fazer novas revisão nas estimativas de crescimento econômico novamente, a depender do impacto das tarifas impostas pelo governo Trump. “Dado um grau relativamente baixo de certeza em nossa perspectiva, há uma chance considerável de que tenhamos de ajustar nossas previsões, dependendo de mudanças em fatores que incluem tarifas”, afirmou Ueda.
Em reação, o índice Nikkei, do Japão, subiu 1,13%. O iene desvalorizou mais de 1% e atingiu o menor nível desde 9 de abril, sendo US$ 1 negociado a 144,74 ienes.
Já o Hang Seng, de Hong Kong, não operou devido ao feriado de Dia do Trabalhador. Bolsas da Coreia do Sul, Índia e China também não tiveram pregão.
Na Europa, as bolsas operam com a liquidez reduzida por conta do feriado. Os índices da Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal não operam nesta quinta-feira (1º). O índice de Londres FTSE 100, por sua vez, opera instável após registrar a 13ª sessão positiva consecutiva — o período de ganhos mais longo desde o final de 2016 e início de 2017.
Entre os destaques, o índice de gerentes de compras (PMI) da indústria do Reino Unido subiu para 45,4 em abril, contrariando as expectativas de queda no mês. O resultado, porém, seguiu abaixo de 50, o que indica que a manufatura britânica segue em contração.