Mercados

Wall Street fecha em baixa após ata do Fed e dados de inflação dos EUA

12 abr 2023, 18:02 - atualizado em 12 abr 2023, 18:02
S&P 500
Wall Street fecha negativa, com  (Imagem: Pixabay/retobkeller )

As ações dos Estados Unidos fecharam em baixa nesta quarta-feira (12), depois que a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve de março revelou preocupação entre vários membros do Comitê Federal de Mercado Aberto em relação à crise de liquidez dos bancos regionais.

A ata foi divulgada na esteira de um relatório de inflação que cimentou a probabilidade de outro aumento da taxa básica de juros quando o Fed se reunir no próximo mês.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,40%, para 4.092,28 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,84%, para 11.931,13 pontos. O Dow Jones caiu 0,10%, para 33.652,63 pontos.

Autoridades do Fed consideraram pausar juros

O setor bancário se estabilizou desde o mês passado, embora as autoridades do Fed estejam atentas a sinais de aperto nas condições de crédito, o que pode resultar na interrupção de sua campanha de elevações de juros antes do previsto.

A ata deixou clara essa preocupação, com contatos do mercado informando ao Fed que as tensões do setor financeiro “provavelmente resultariam em uma retração nos empréstimos bancários, o que não se refletiria nos índices de condições financeiras mais comuns”.

A inflação, enquanto isso, permaneceu bem acima da meta de longo prazo de 2% do Fed, disseram as autoridades, que concordaram que dados recentes sobre a inflação forneceram poucos sinais de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo em um ritmo suficiente para retornar a inflação para a meta do banco central.

“Os participantes destacaram que a inflação permaneceu muito alta e que o mercado de trabalho permaneceu muito apertado; como resultado, eles anteciparam que algum endurecimento adicional da política monetária pode ser apropriado”, apontou a ata.

“Alguns participantes destacaram… que teriam considerado um aumento de 0,50 ponto percentual (nos juros)… na ausência dos desdobramentos recentes no setor bancário”, disse a ata.

As autoridades na reunião de março enfraqueceram seu compromisso com novos incrementos nos custos de empréstimos ao descartar da declaração de política monetária o trecho que ressaltava a necessidade de “aumentos contínuos” em favor de dizer apenas que provavelmente seria necessário “mais algum aperto (monetário)”.

Elas também concordaram que os desdobramentos bancários recentes afetariam as decisões de política monetária do Comitê na medida em que “esses desdobramentos afetassem as perspectivas de emprego e inflação e os riscos que cercam as perspectivas.”

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