Wall Street recua 1% com novas ameaças tarifárias de Trump e fim das negociações comerciais

Wall Street iniciou a semana em forte queda nos principais índices de ações dos Estados Unidos com as políticas tarifárias aplicadas pelo presidente Donald Trump no centro das atenções.
Confira o fechamento dos índices de Wall Street:
- Dow Jones: -0,94%, aos 44.406,36 pontos;
- S&P 500: -0,79%, aos 6.229,98 pontos;
- Nasdaq: -0,92%, aos 20.412,52 pontos.
Na última quinta-feira (3), os índices de S&P 500 e Nasdaq encerraram as negociações em níveis históricos.
O que movimentou Wall Street hoje?
Os índices de Wall Street fecharam em forte queda, afastando-se das máximas históricas registradas na semana passada, com tarifas de Trump no radar. O fim da ‘trégua’ da política tarifária e das negociações com países que são parceiros comerciais está prevista para a próxima quarta-feira (9).
Ontem (6), o presidente Donald Trump afirmou que o país está perto de perto de finalizar vários acordos comerciais e notificarão outros países sobre as tarifas mais altas até a quarta-feira (9). Segundo ele, as “novas” taxas para importação entrarão em vigor em 1º de agosto.
Já hoje (7), o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que os Estados Unidos farão vários anúncios comerciais nas próximas 48 horas, em entrevista à CNBC.
Durante a tarde, a Trump anunciou a taxação de 25% sobre os produtos japoneses e sul-coreanos. A tarifa deve entrar em vigor em 1º de agosto. Washington também confirmou que outros 12 países receberão cartas sobre comércio que serão publicadas na plataforma Truth Social.
Além disso, Trump ameaçou adicionar uma tarifa de 10% sobre os produtos dos países que se alinharem ao bloco econômico formando por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos fazem parte do bloco como membros desde o ano passado. A cúpula está reunida no Rio de Janeiro.
Em abril, Trump divulgou uma tarifa de importação de 10% para a maioria dos países e tarifas adicionais que podem chegar a 50%. No entanto, posteriormente, ele adiou a data de vigência de todas as tarifas, exceto a de 10%, para 9 de julho.
Além disso, o bilionário Elon Musk, que fez parte da equipe de governo de Trump, anunciou a formação de um partido político, a ser chamado de “American Party”, marcando uma nova escalada em sua disputa com o chefe da Casa Branca. Em reação, as ações da Tesla (TSLA) caíram mais de 7%.
O movimento acontece dias após o Congresso norte-americano aprovar o pacote orçamentário de Trump, conhecido como “Beautiful Bill”. A medida deve aumentar o déficit fiscal dos EUA em US$ 3,3 trilhões nos próximos anos.
Já na reta final da sessão, um novo artigo publicado em conjunto com as unidades do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) de Nova York e de São Francisco afirmou o risco de médio a longo prazo de que a meta de juros do banco central retorne a níveis superbaixos “está atualmente no limite inferior da faixa observada nos últimos quinze anos”.