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WEG, Aeris, Simpar, Vamos… O que explica a queda das ações na semana?

07 jan 2022, 11:28 - atualizado em 07 jan 2022, 11:28
Rodovias Transportes
Setores de transportes e bens de capital sentem impacto negativo acima da média nos pregões da primeira semana de 2022 (Imagem: Reprodução/iStock)

Nos pregões da primeira semana de 2022, os mercados apresentaram forte aversão a risco, impulsionada por fatores internacionais, como as indicações de retirada de estímulos por parte do Federal Reserve (Fed), e nuances em torno do aumento das preocupações fiscais em ano eleitoral, além da aceleração de casos do coronavírus, afirma a XP Investimentos.

Apesar de parecer um movimento macro, dois setores sentiram um impacto negativo acima da média: transportes e bens de capital, com quedas de 9% e 6% no acumulado do ano, respectivamente, contra desvalorização de 3% do Ibovespa (IBOV).

Setor de transportes

A XP ressalta que algumas empresas deste setor são altamente sensíveis às taxas de juros. No entanto, na queda das ações desta semana, a corretora não encontrou um denominador comum entre as empresas do setor.

Os nomes mais impactados deste ramo foram a Simpar (SIMH3), que desabou 17% no acumulado do ano, e suas subsidiárias Vamos (VAMO3) e Movida (MOVI3), com queda de 12% cada. Os nomes de infraestrutura também apresentaram forte queda: Hidrovias do Brasil (HBSA3) caiu 16% e Santos Brasil (STBP3) registrou perdas de 14%.

A XP destaca que, surpreendentemente, o setor de aluguel de carros — normalmente bastante sensível à taxa de juros — mostrou resiliência com Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3). As empresas apresentaram quedas entre 5 e 6%.

A corretora reitera sua recomendação de compra para Vamos e Rumo (RAIL3) como principais opções do setor entrando em 2022.

Setor de bens de capital

A XP observou nesta primeira semana de 2022 que as ações de alto crescimento (negociadas a múltiplos maiores) foram as mais impactadas do setor de bens de capital.

A Aeris (AERI3) e a Weg (WEGE3), por exemplo, caíram, respectivamente, 11% e 9%. Do ponto de vista da corretora, a queda da Weg não foi merecida, dado o seu forte posicionamento de mercado.

Já as companhias de autopeças foram as menos impactadas tanto em bens capitais quanto em transportes, com quedas entre 4 e 7%, provavelmente devido ao perfil de duração de fluxo de caixa relativo mais baixo.

A XP reitera sua preferência pelas ações da Weg nesse setor.

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O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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