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WEG é uma das candidatas para ajudar na recuperação da economia global, apontam analistas

01 ago 2021, 19:48 - atualizado em 01 ago 2021, 19:48
Weg WEGE3
A receita líquida total da WEG avançou 41,4% no segundo trimestre de 2021 ante igual período de 2020, de R$ 4 bilhões para R$ 5,7 bilhões, impulsionada pela demanda sólida no Brasil e no exterior (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A WEG (WEGE3) não decepcionou e reportou novamente um conjunto de resultados fortes, mesmo em comparação aos números impressionantes divulgados em 2020.

Segundo a Ágora Investimentos, o balanço do segundo trimestre de 2021 serviu para mostrar que a empresa está bem posicionada para alavancar a recuperação da economia global. Isso porque a receita externa em dólares atingiu US$ 601 milhões (alta de 21% no comparativo anual), e as operações nos Estados Unidos foram responsáveis por 45% do crescimento dessa linha.

“Esse forte desempenho pode se acelerar nos próximos anos com os investimentos em infraestrutura nos Estados Unidos, especialmente em geração e transmissão de energia renovável”, destacou a corretora, em relatório divulgado na quarta-feira e obtido pelo Money Times.

A receita líquida total da WEG avançou 41,4% no comparativo anual, de R$ 4 bilhões para R$ 5,7 bilhões, impulsionada pela demanda sólida no Brasil e no exterior. No mercado externo, a recuperação da atividade industrial global tornou possível o crescimento de receita nos principais mercados de atuação, como segmentos de mineração, óleo & gás e água & saneamento.

O lucro líquido da companhia disparou 120,6% ano a ano, com o montante subindo de R$ 514,3 milhões para R$ 1,1 bilhão, positivamente impactado pelo reconhecimento dos créditos tributários referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS.

O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, disparou 90,2% e atingiu cerca de R$ 1,4 bilhão, com margem de 24,2%.

Para os analistas, o destaque do relatório ficou para o ROIC (retorno sobre capital investido) de 32,2% (ou 31,7% excluídos os créditos tributários não recorrentes), um aumento significativo de 4 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre. Mesmo com mais investimentos e necessidades de capital de giro, a WEG conseguiu reportar expansão do indicador.

Mais um ano positivo para WEG

Enquanto uma boa parcela das empresas sentiu os efeitos mais severos da pandemia de Covid-19 no ano passado, a WEG teve impacto limitado em seus negócios. A companhia apresentou uma boa lucratividade em 2020, com suas operações amparadas pela estabilidade dos produtos de ciclo longo, uma rápida retomada de produtos de ciclo curto e um cenário cambial benigno.

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O valuation da WEG não está uma barganha, mas isso não é motivo suficiente para ficar pessimista com a ação, defendeu o Bank of America (Imagem: YouTube/Weg)

De acordo com o Itaú BBA, os últimos números divulgados levam a crer que 2021 será mais um ano positivo para a empresa.

“A companhia possui um histórico único de resultados sólidos e altos retornos baseado em claras estratégias de longo prazo e um balanço patrimonial saudável, permitindo que ela confortavelmente persiga oportunidades de crescimento tanto orgânicas quanto inorgânicas”, afirmou a instituição, em relatório obtido pelo Money Times.

O Itaú BBA enxerga potencial de upside de oportunidades que já estão no radar da WEG. Além de armazenamento de energia, a empresa está envolvida em soluções de mobilidade elétrica e Indústria 4.0.

Como a Ágora, o Itaú BBA aconselhou prestar atenção à performance internacional da WEG no longo prazo.

“Precificamos taxas de crescimento significativas, apoiadas no potencial de ganho de participação de mercado da companhia nos Estados Unidos, Europa e Ásia, considerando seus consideráveis mercados endereçáveis e expansão de portfólio”, complementou.

Compra reiterada

O valuation da WEG não está uma barganha, mas isso não é motivo suficiente para ficar pessimista com a ação, defendeu o Bank of America.

Na opinião do banco, o preço da ação é justificado pela exposição da companhia a tendências seculares disruptivas, sua execução premium e o momentum atual de ganhos. Dessa forma, o Bank of America reiterou a recomendação de compra para o nome, com preço-alvo de R$ 48.

A Ágora, justamente por ver a ação sendo negociada acima da sua média histórica, manteve a recomendação neutra, mas elevou o preço-alvo de R$ 45 para R$ 47.

O Itaú BBA reforçou a classificação de market perform (desempenho esperado em linha com a média do mercado) e o preço-alvo de R$ 46 para a companhia.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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