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Wells Fargo tem queda no lucro no 3° tri com maiores custos e provisões

14 out 2022, 10:28 - atualizado em 14 out 2022, 10:28
Wells Fargo & Co.
O banco divulgou lucro de 3,53 bilhões de dólares, ou 0,85 dólar por ação, no trimestre encerrado em 30 de setembro (Imagem: REUTERS/Rick Wilking)

O Wells Fargo & Co divulgou nesta sexta-feira um declínio de 31% no lucro do terceiro trimestre frente um ano antes, afetado por custos relacionados a um escândalo de contas falsas e aumento de suas provisões para perdas com empréstimos diante de uma possível desaceleração econômica.

O banco divulgou lucro de 3,53 bilhões de dólares, ou 0,85 dólar por ação, no trimestre encerrado em 30 de setembro, em comparação com lucro de 5,12 bilhões de dólares, ou 1,17 dólar por ação, um ano antes.

Excluindo itens, o banco lucrou 1,30 dólar por ação, superando as expectativas dos analistas de 1,09 dólar por ação, segundo dados do IBES, da Refinitiv.

As ações do Wells Fargo subiam 1,2% em negociações pré-mercado.

O banco registrou 2 bilhões de dólares em perdas operacionais relacionadas a litígios, remediação de clientes e questões regulatórias associadas ao escândalo sobre suas práticas de vendas, que já se arrasta por seis anos.

“Nossa principal prioridade continua sendo fortalecer nossa infraestrutura de risco e controle, que inclui endereçar questões históricas em aberto e identificadas à medida que avançamos neste trabalho”, disse o presidente-executivo do banco, Charlie Scharf, em comunicado.

“Continuamos com o risco de contratempos, enquanto trabalhamos para concluir o trabalho e deixar esses problemas para trás, e as despesas desse trimestre refletem nossos esforços contínuos.”

O banco provisionou 784 milhões de dólares no trimestre para potenciais perdas com empréstimos, contra liberação de 1,4 bilhão de dólares um ano antes, quando um estímulo extraordinário do governo ajudou a economia a se recuperar do impacto da pandemia.

A margem financeira líquida do Wells Fargo aumentará 24% neste ano, acima da projeção anterior de 20%, disse o diretor financeiro, Mike Santomassimo, a repórteres em uma teleconferência.

“Tanto os consumidores quanto os clientes empresariais permanecem em uma forte condição financeira, e continuamos a ver inadimplências historicamente baixas e altas taxas de pagamento em nossas carteiras”, disse Scharf.

Ele disse que o banco está monitorando de perto os riscos relacionados ao impacto contínuo da inflação alta, aumento das taxas de juros, bem como dos riscos geopolíticos mais amplos.

“Embora esperemos ver aumentos contínuos na inadimplência e perdas com crédito, o momento (em que ocorrerão) permanece incerto”, continuou Scharf.

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