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XP vê empresa do agro como ‘diferenciada’ e reforça compra de ação, com potencial de alta de 55%; saiba qual

18 abr 2023, 11:54 - atualizado em 18 abr 2023, 11:54
Soja Agricultura Agronegócio
Corretora, que participou do 1º Boa Safra Day, destacou as perspectivas para o futuro e enxerga a empresa como uma alternativa atraente (Foto: ANeto)

A XP Investimentos enxerga a Boa Safra (SOJA3) como diferenciada e acredita que a companhia pode entregar uma combinação de forte crescimento e balanço sólido para os próximos anos. Apesar de um cenário de baixa ou nenhum crescimento, aliada a alta alavancagem, a XP avalia a Boa Safra como uma alternativa atraente.

A corretora participou do 1º Boa Safra Day, evento realizado pela empresa, com perspectivas futuras de investimentos para a companhia.

Para a XP, há três pontos de destaque: a Boa Safra reforçou seu plano de crescimento orgânico para os negócios de sementes de soja; o guidance Capex foi atualizado para R$ 152 milhões em 2023 , dentro das estimativas da XP; e o aumento do volume de outras sementes, como trigo, sorgo e feijão, além de soja e milho.

Dessa forma, a XP recomenda a compra das ações da Boa Safra (SOJA3), com preço-alvo de R$ 17,90 e potencial de alta de 55%.

Perspectivas para Boa Safra 

A Boa Safra atingiu 200 mil big bags de capacidade para a temporada de 2023 (cerca de 5 milhões de sacos de sementes de 40kg).

Dessa forma, o Capex de R$ 152 milhões será alocado da seguinte forma:

  • R$ 107 milhões para um aumento de 40 mil big bags ao longo de 2023, atingindo um total de 240 mil big bags para 2024 (cerca de 6 milhões de seed bags).
  • R$ 45 milhões para um aumento de 40 mil big bags de sementes na Bestway (milho), que deve ser concluído até junho de 2023, aumentando a capacidade atual de 12 mil para 52 mil big bags.

A partir de 2027, a empresa pretende atingir 360 mil big bags de soja, o que é cerca de 4% abaixo das estimativas da XP e representa uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 10% de 2022-2027. Para sementes de milho, a empresa pretende atingir 132 mil big bags a partir de 2027, representando um CAGR de cerca de 49%.

A atual participação de mercado da Boa Safra é estimada em 7,4%, liderando confortavelmente o setor, e segundo as estimativas da corretora, com capacidade futura de 360 ​​mil big bags em 2027 atingirá 15,5% de participação de mercado.

Novas culturas e tecnologias

A empresa também anunciou que pretende aumentar o volume de sementes de outras culturas: feijão, pasto, trigo e sorgo. A administração estima que pode atingir cerca de R$ 200 milhões em receita e R$ 25 milhões em Ebitda em cada uma dessas safras no longo prazo, segundo a XP.

No entanto, a XP tem uma visão mista sobre o plano, já que mesmo com a diversificação da receita, juntamente com o potencial da Boa Safra se tornar uma empresa menos sazonal, há espaço suficiente para crescimento na soja, e segundo a corretora, “perder o foco” poderia ser uma troca arriscada.

Junto com a utilização de sementes de maior tecnologia, a Boa Safra oferece o Tratamento Industrial de Sementes (TSI) em algumas de suas unidades, mas pretende aumentar de 6 para 11 máquinas de TSI e oferecer esse serviço adicional em todas as suas unidades, ainda conforme a XP.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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