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XP corta preço-alvo da Natura, mas avalia que ação ainda pode subir 66%

08 dez 2021, 14:49 - atualizado em 08 dez 2021, 14:49
Fundamentos de longo prazo não foram alterados; recomendação ainda é de compra (Imagem: Money Times)

A XP Investimentos atualizou as estimativas da Natura (NTCO3), cortando o preço-alvo da ação de R$ 63 para R$ 45 após incorporar os resultados do terceiro trimestre e um cenário macro de curto prazo mais desafiador.

O novo preço-alvo implica potencial de valorização de 66,2% sobre a cotação do último fechamento, de R$ 27,06. A recomendação de compra foi mantida, pois os fundamentos de longo prazo não foram alterados, segundo a XP.

A corretora acredita que a pressão nos custos e as mudanças no comportamento dos consumidores (produtos de beleza para skincare) continuarão impactando os resultados da empresa.

De acordo com Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, do time de análise da XP, as margens só devem ter uma reação mais sólida a partir do segundo semestre de 2022.

Fusão com a Avon

A XP avalia que a integração da Avon tem se mostrado mais complexa e destaca que o modelo comercial da Natura não se encaixa perfeitamente na realidade da Avon, com o processo envolvendo mais de 15 mercados com diferentes operações.

“O modelo comercial da Natura não se encaixava perfeitamente à realidade da Avon, dado que os representantes do nível de entrada são fundamentais para a marca”, afirmaram os analistas, em relatório atualizado na segunda-feira (6).

A XP reduziu a estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado para 2022 e 2023 em 23% e 24%, agora a R$ 4,6 e 5,5 bilhões.

“As sinergias de custos estão sendo capturadas, enquanto a empresa não viu mudanças estruturais em relação às oportunidades da integração da Avon”, explicou a XP.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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