Internacional

Zelensky busca evitar nova briga em conversas com Trump

16 ago 2025, 14:42 - atualizado em 16 ago 2025, 14:42
Volodymyr Zelensky reuters
Zelensky viaja aos EUA sob pressão de Trump por acordo com Putin; líder ucraniano busca garantias de segurança e evitar nova crise no Salão Oval. (Imagem: Serviço de Imprensa Presidencial da Ucrânia/Handout via Reuters/File Photo

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voará para Washington na segunda-feira (18) sob forte pressão dos Estados Unidos para chegar a um acordo pelo fim da guerra em seu país, mas determinado a defender os interesses de Kiev – sem provocar uma segunda briga no Salão Oval com o presidente Donald Trump.

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O presidente dos EUA convidou Zelensky para ir a Washington depois de estender o tapete vermelho para Vladimir Putin, o inimigo de Kiev, em uma cúpula no Alasca que chocou muitos na Ucrânia, onde centenas de milhares de pessoas morreram desde a invasão russa em 2022.

As negociações no Alasca não conseguiram alcançar o cessar-fogo que Trump buscava, e o líder dos EUA disse neste sábado (16) que agora quer um acordo de paz rápido e completo e que Kiev deve aceitar porque “a Rússia é uma potência muito grande, e eles não são”.

A retórica contundente joga o ônus diretamente sobre Zelensky, colocando-o em uma posição perigosa ao retornar a Washington pela primeira vez desde suas conversas tensas com Trump no Salão Oval, em fevereiro.

Na época, o presidente dos EUA o repreendeu diante da imprensa global, dizendo que Zelensky não “tinha as cartas na mão” nas negociações e que a intransigência de Kiev arriscava desencadear a Terceira Guerra Mundial.

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A busca de Trump por um acordo rápido desafia a intensa diplomacia dos aliados europeus e da Ucrânia para convencê-lo de que um cessar-fogo deve vir em primeiro lugar e não – como busca o Kremlin – depois que um acordo for firmado.

Uma fonte familiarizada com o assunto disse à Reuters que os líderes europeus também foram convidados para a reunião de segunda-feira entre Trump e Zelensky, embora não esteja claro quem realmente participará.

Trump informou Zelensky sobre suas conversas com Putin durante uma ligação neste sábado que durou mais de uma hora e meia, disse o líder ucraniano. Depois de uma hora, eles foram acompanhados por autoridades europeias e da Otan, acrescentou.

“A impressão é que ele quer um acordo rápido a qualquer preço”, disse uma fonte familiarizada com a conversa.

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A fonte afirmou que Trump disse a Zelensky que Putin havia se oferecido para congelar as linhas de frente em outros lugares como parte de um acordo, se a Ucrânia retirasse totalmente suas tropas das regiões orientais de Donetsk e Luhansk, algo que Zelensky disse não ser possível.

Trump e o enviado dos EUA, Steve Witkoff, disseram ao líder ucraniano que Putin havia dito que não poderia haver cessar-fogo antes que isso acontecesse, e que o líder russo poderia se comprometer a não lançar nenhuma nova agressão contra a Ucrânia como parte de um acordo.

Kiev rejeitou publicamente a ideia de se retirar de terras ucranianas reconhecidas internacionalmente como parte de um acordo, e afirma que a região industrial de Donetsk serve como uma fortaleza que impede os avanços russos em direção à Ucrânia.

Para Zelensky, evitar uma repetição da briga no Salão Oval é fundamental para preservar as relações com os EUA, que ainda fornecem assistência militar e são a principal fonte de inteligência sobre a atividade militar da Rússia.

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Além disso, garantias robustas para evitar qualquer invasão russa futura são fundamentais para qualquer acordo sério.

Zelensky tem dito repetidamente que uma reunião trilateral com os líderes da Rússia e dos EUA é crucial para encontrar uma maneira de acabar com a guerra em grande escala lançada pela Rússia em fevereiro de 2022.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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