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10 ações que podem ganhar com a inflação mais alta

25 maio 2021, 11:10 - atualizado em 25 maio 2021, 11:10
Dinheiro
Existem ações que historicamente se beneficiam dos ciclos de alta da taxa de juros, ordenadas pela correlação (Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O mercado está na expectativa pela alta da inflação. Economistas da Rico Corretora, por exemplo, revisaram para 5,4% a projeção do IPCA ao fim do ano em meio à pressão da demanda global por materiais básicos, impulsionada por desequilíbrios na cadeia de produção global, estímulos monetários e fiscais, forte recuperação e incertezas climáticas.

No entanto, investidores ainda podem aproveitar um cenário de maior inflação. Existem ações que historicamente se beneficiam dos ciclos de alta da taxa de juros, ordenadas pela correlação.

A Rico preparou um estudo quantitativo, com análise de 15 anos de retornos das ações da Bolsa brasileira contra as altas do IPCA no mesmo período, e chegou a uma lista de dez ações que, quando o indicador subiu, seus retornos também subiram.

As empresas do setor de varejo alimentício Pão de Açúcar (PCAR3) e Carrefour (CRFB3) estão nas sugestões da Rico, assim como a representante de papel e celulose Klabin (KLBN11), a companhia de saneamento Sabesp (SBSP3) e a CCR (CCRO3), de infraestrutura. O que as cinco empresas têm em comum é que elas conseguem repassar a alta dos preços.

A Embraer (EMBR3) também integra a lista. É uma boa opção por ter baixa exposição ao Brasil – ou seja, a inflação influencia pouco na receita.

Bancos, como Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), podem se beneficiar da alta da taxa de juros. E AES Brasil (AESB3) e Taesa (TAEE11) também, pois, por terem contratos indexados à inflação, têm expansão de margem com a subida de preços.

Empresa Ticker Setor Valor de mercado Volume de mercado em 3 meses
AES Brasil AESB3 Utilidade pública R$ 5,8 bilhões R$ 1,399 bilhão
Embraer EMBR3 Bens industriais R$ 11,7 bilhões R$ 12,655 bilhões
Carrefour CRFB3 Consumo não cíclico R$ 40,6 bilhões R$ 5,690 bilhões
Pão de Açúcar PCAR3 Consumo não cíclico R$ 9,4 bilhões R$ 17,484 bilhões
Santander SANB11 Financeiro R$ 152,9 bilhões R$ 7,145 bilhões
Bradesco BBDC4 Financeiro R$ 231,8 bilhões R$ 67,575 bilhões
Taesa TAEE11 Utilidade pública R$ 13,5 bilhões R$ 6,038 bilhões
Sabesp SBSP3 Utilidade pública R$ 28,5 bilhões R$ 9,715 bilhões
Klabin KLBN11 Commodities R$ 29,8 bilhões R$ 14,264 bilhões
CCR CCRO3 Bens industriais R$ 27,9 bilhões R$ 10,429 bilhões

Exterior

A Rico também listou os BDRs (Brazilian Depositary Receipts, certificados emitidos no Brasil que possuem como lastro ações emitidas no exterior) que se beneficiam da alta da inflação americana. A corretora analisou o retorno das ações em que os BDRs estão lastreados ante a inflação nos Estados Unidos em dados anuais.

A corretora priorizou empresas com pelo menos 20 anos de listagem na Bolsa. A lista final é composta pelo BDR com maior correlação de cada setor, filtrando os que têm volume negociado maior que R$ 1 milhão em três meses.

Empresa Ticker Setor Valor de mercado Volume de mercado em 3 meses
Intuitive Surgical I1SR34 Saúde US$ 96,7 bilhões R$ 1,7 milhão
Transocean RIGG34 Energia US$ 2,4 bilhões R$ 136,1 milhões
Ventas V1TA34 Imobiliário US$ 20,3 bilhões R$ 2,4 milhões
BlackRock BLAK34 Financeiro US$ 127,9 bilhões R$ 12,4 milhões
Mosaic Company MOSC34 Commodities US$ 13,4 bilhões R$ 11,7 milhões
British American Tobacco B1TI34 Consumo não cíclico US$ 89,9 bilhões R$ 3,8 milhões
Waste Management W1MC34 Bens industriais US$ 58,7 bilhões R$ 1,7 milhão
Duke Energy DUKB34 Utilidade pública US$ 77,8 bilhões R$ 2,7 milhões
Nike NIKE34 Consumo cíclico US$ 210,1 bilhões R$ 98,5 milhões
Ericsson E1RI34 Tecnologia da informação US$ 44,8 bilhões R$ 1,7 milhão
Telefonica TLNC34 Comunicação US$ 27,7 bilhões R$ 1,8 milhão

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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