Economia

10 riscos relevantes para se atentar em 2019, segundo o Banco Fibra

07 jan 2019, 18:08 - atualizado em 07 jan 2019, 18:08
(Pixabay)

O Banco Fibra publicou nesta segunda-feira (7) seu relatório semanal sobre os dez maiores riscos com potencial de alterar os preços dos ativos financeiros para o ano de 2019. Entre os temas explorados estão o Brexit, a desaceleração da economia mundial e as reformas do novo governo.

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Confira abaixo a lista elaborada por Cristiano Oliveira, economista-chefe, e Ágila Cunha:

1. Desaceleração da economia mundial

Com a desaceleração da China e da Zona do Euro, o mercado internacional está atento ao ritmo de crescimento dos Estados Unidos. O risco está na influência que certos países em desaceleração têm sobre a economia mundial, o que acaba por impactar o mercado norte-americano, revertendo o o atual “tightening monetário”. Os autores do relatório, no entanto, atentam-se a uma possível valorização do dólar em meio a desaceleração globalizada.

2. Política monetária norte-americana

A possibilidade de pausa no ciclo atual de alta da taxa de juros pode, na visão de Oliveira e Cunha, trazer dois riscos: a reversão do quadro de valorização do dólar e a “desancoragem” das expectativas inflacionárias caso o Federal Open Market Committee (FOMC) ignore a pressão inflacionária na aceleração das diversas medidas de custo do trabalho/salário que implicam o retorno real do investimentos.

3. Política norte-americana

O presidente norte-americano parece mais próximo de sofrer uma abertura de impeachment com o Partido Democrata garantindo a maioria das cadeiras na Câmara e o descontentamento da população em relação ao governo dos republicanos. Essa simples abertura pode estressar o mercado e, principalmente, a moeda norte-americana.

4. Guerra comercial entre Estados Unidos e China

Por mais que o conflito entre as duas principais potências econômicas do mundo ter perdido o gás ao longo dos últimos meses, ainda não há previsão de que está para acabar. Isso pode agravar ainda mais a desaceleração da indústria chinesa, o que acabará exigindo a implementação de medidas adicionais de estímulos fiscais e monetário.

5. Tensões geopolíticas entre Rússia e Europa Ocidental

A possibilidade de que a Rússia e a Europa Ocidental comecem um conflito por conta da “independência” da Igreja Ortodoxa Ucraniana sobre o Patriarcado de Moscou é um risco a ser considerado. Isso e o interesse de certos países que faziam parte da União Soviética em se associar à Otan.

6. Brexit

Existe o risco de que nenhum acordo seja firmado até o primeiro trimestre deste ano sobre o Brexit, o que impactaria não apenas a economia inglesa, como todo o continente europeu.

7. Política brasileira

Embora a expectativa sobre o governo de Jair Bolsonaro seja alta, Oliveira e Cunha chamam a atenção para os próximos meses, quando será possível entender melhor o direcionamento adotado pelo presidente para governar o país. Também há muita incerteza sobre a reação dos diversos núcleos políticos em relação à agenda de Bolsonaro.

8. Reforma da Previdência

Oliveira e Cunha acreditam que Bolsonaro terá a aprovação do Congresso Nacional para, enfim, realizar a reforma da Previdência nos primeiros nove meses de 2019. Estima-se que seja aprovada a PEC, que está em tramitação desde o governo Temer. O que falta saber de fato é se ela será enfraquecida ou aperfeiçoada.

9. Prêmio de risco-país

O prêmio de risco-país, na visão dos autores do relatório, devem recuar ao longo do ano devido às novas medidas adotadas para modernizar a economia do Brasil e à possibilidade de aprovação da reforma da Previdência.

10. Redução da taxa de juros neutra

As mesmas medidas adotadas pelo governo Bolsonaro podem reduzir a taxa de juros neutra do país – atualmente em 4,5%, segundo o Banco Fibra. Caso isso se confirme, a possibilidade do Copom, do Banco Central, de cortar a taxa Selic novamente ainda em 2019 ou 2020 se torna maior.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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