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3 ações vão lucrar com o fim de 100 mil lojas nos EUA (e você também pode)

20 abr 2020, 15:21 - atualizado em 20 abr 2020, 15:21
Proporcional: maior varejista física do mundo, Walmart deve abocanhar maior fatia de vendas, segundo o UBS (Imagem: Facebook/Walmart)

Aproximadamente 100 mil lojas fecharão nos Estados Unidos entre 2020 e 2025, vítimas da conjunção da pandemia de coronavírus com o avanço da migração do consumo para o e-commerce. É o que estima o UBS, em relatório obtido pelo Money Times.

Segundo o banco suíço, isso significa que o varejo americano cairá de cerca de 883 mil estabelecimentos em 2019, para 782 mil.

“A racionalização das lojas ocorrerá, à medida que a penetração do online cresça”, afirma o relatório assinado por sete analistas do UBS, liderados por Michael Lasser e Jay Sole. “Cremos que a Covid-19 vai acelerar essa tendência”, acrescentam.

No cenário básico da instituição, a fatia do varejo online crescerá 10 pontos percentuais, saindo de 15% no ano passado, para 25% em 2025.

Setores mais vulneráveis

A equipe de analistas calcula que cada avanço de 100 pontos-base (1%) na penetração do e-commerce no mercado americano corresponda ao fechamento de 10 mil lojas físicas.

Entre os setores mais afetados, o UBS destaca o de vestuário, com potencial para eliminar 24 mil lojas, seguido por eletroeletrônicos (12 mil lojas), supermercados e mercearias (11 mil) e utilidades domésticas (11 mil).

Varejo-EUA
Catalisador: coronavírus vai acelerar migração para e-commerce nos EUA (Imagem: REUTERS/Lawrence Bryant)

Ao contrário do que muita gente supunha, o advento das lojas online deve favorecer as varejistas de grande porte, em vez dos pequenos lojistas.

Segundo o UBS, redes com menos de 500 funcionários são as mais vulneráveis e representaram 7% dos estabelecimentos fechados entre 2007 e 2010 (período do estouro da bolha imobiliária dos EUA, que iniciou a grande crise financeira global).

O banco avalia que, se o mesmo ritmo for mantido, em decorrência do coronavírus, entre 40 mil e 45 mil pequenas lojas devem fechar no curto prazo, apenas nos EUA. Assim, os investidores que quiserem participar desse jogo devem apostar nas empresas maiores e mais estruturadas.

Campeãs

O UBS afirma que três companhias devem se destacar: Walmart (WALM34), Target (TGTB34) e Costco (COWC34). A boa notícia é que todas são acessíveis a investidores brasileiros, já que possuem BDRs (Brazilian Depositary Receipts) listadas na B3 (B3SA3).

“Nossa crença geral é que as maiores [varejistas] se tornarão ainda maiores”, afirma o banco.

Nas suas contas, o Walmart seria capaz de capturar US$ 26,7 bilhões de vendas oriundas do fechamento de rivais nos próximos anos, o que, por si só, representaria um incremento anual de 110 a 120 pontos-base em sua participação de mercado.

A Costco ficaria em segundo, ao absorver US$ 8 bilhões (alta de 100 a 110 pontos-base), seguida pela Target, com US$ 6,8 bilhões (incremento de 120 a 130 pontos base).

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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