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3R Petroleum (RRRP3) despenca após resultados do 1T24, mas analistas veem melhorias adiante

09 maio 2024, 16:17 - atualizado em 09 maio 2024, 16:17
3r petroleum
3R Petroleum despenca após resultados do primeiro trimestre de 2024 (Imagem: REUTERS/Vasily Fedosenko)

A 3R Petroleum (RRRP3) despenca mais de 5% nesta tarde de quinta (9), com o mercado reagindo negativamente aos resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) da companhia.

A petrolífera divulgou o balanço após o pregão desta quarta (8), apresentando prejuízo líquido de R$ 229,9 milhões, comparado ao lucro de R$ 16,1 milhões no mesmo período do ano anterior



Segundo o analista Mateus Haag, da Guide Investimentos, “o resultado foi principalmente impactado pela queda na produção no campo offshore de Papa Terra”.

A produção média diária da 3R atingiu 44.397 barris (boe/d), o que representou uma redução de 3,3% em relação ao trimestre passado. Além disso, houve baixas no custo médio de extração (queda anual de 16,7%) e no Capex (diminuição trimestral de 43,9%).

Haag explica que a queda no Capex neste trimestre veio principalmente do efeito da base de comparação, “pois muitos projetos foram concluídos e contabilizados no 4T23”.

Pedro Suares e a equipe do BTG Pactual destacam ainda que a companhia queimou R$ 593 milhões no fluxo de caixa para o acionista durante o trimestre, devido aos investimentos elevados e maiores necessidades de capital de giro. No entanto, a relação dívida líquida/Ebitda continua a diminuir pelas melhorias sequenciais no denominador.

3R Petroleum pode enxergar melhorias adiante

Para os analistas do BTG, os números do primeiro trimestre são bons indicadores do status atual do portfólio de ativos up, mid e downstream. “Esperamos melhorias adiante”, dizem.

Apesar do leve aumento trimestral nos custos de extração de US$18/boe para US$18,6/boe, os analistas observam que isso decorre de resultados mais fracas no campo Papa Terra, que deve continuar a mostrar alguma volatilidade devido à atividade de manutenção ainda elevada em sua infraestrutura de superfície.

Mas, mais importante, os custos de extração consolidados permaneceram relativamente estáveis ao longo dos últimos três trimestres, graças à produção onshore que parece estar muito bem controlada.

“Para o futuro, acreditamos que os custos devem continuar a diminuir gradualmente. No segmento mid/downstream, também vemos a margem de 4% do 1T24 como um bom indicador do que esperar para o ano, e destaca os esforços comerciais da administração para gerar valor a partir da integração das operações Potiguar, apesar da baixa complexidade da refinaria”, ressaltam.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
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