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5 ações do setor imobiliário para lucrar de 30% a 60% com a retomada da economia

11 jun 2021, 16:38 - atualizado em 11 jun 2021, 16:38
CURY3
Pop-star: Cury estreia na cobertura da XP com status de favorita (Imagem: Reprodução/Cury)

Para marcar o início da cobertura das ações da Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e da Plano & Plano (PLPL3), a XP Investimentos divulgou um extenso relatório reavaliando os papéis de incorporadoras que atuam no segmento de imóveis populares – o mesmo nicho da Cury.

Renan Manda, Lucas Hoon e Marcella Ungaretti, que assinam a análise, afirmam que, no geral, as incorporadoras dessa faixa de mercado estão bem preparadas para enfrentar os atuais desafios causados pela pandemia de coronavírus.

Além disso, os analistas acreditam que essas empresas continuarão buscando alternativas para crescer, em paralelo ao programa Casa Verde e Amarela, a versão do presidente Jair Bolsonaro para o Minha Casa, Minha Vida dos governos petistas.

Recomendação Empresa Código Preço-alvo (R$) Potencial de alta (%)*
Compra Cury CURY3 15 54
Compra Direcional DIRR3 20,5 42
Compra Plano & Plano PLPL3 10 62
Compra Tenda TEND3 38 42
Neutra MRV MRVE3 23 31
*sobre a cotação de referência da XP

Veja, a seguir, como a XP Investimentos avalia cinco incorporadoras que atuam nesse segmento e têm ações na Bolsa.

Cury

A Cury (CURY3) já estreia na cobertura da XP com o status de top pick (favorita) do setor. Os analistas esperam que “a sólida execução continue impulsionando o crescimento e aumento da participação de mercado da companhia nos próximos anos, sem perder a rentabilidade e retornos líderes para o setor e com baixa alavancagem.”

Para a XP, os múltiplos P/L de 10,9 vezes para 2021, e de 7,4 vezes para 2022, mostram que os investidores não incorporaram totalmente “o potencial de crescimento da companhia, como o crescimento anual nos lucros de 45% entre 2020 e 2023, mantendo robusta distribuição de dividendos para os próximos anos.”

Tenda

Uma das líderes no segmento de habitação popular, a Tenda (TEND3) se destaca pelo projeto de construção off-site, em que partes do imóvel são pré-fabricadas fora do canteiro de obras. Segundo a XP, o novo método construtivo entrará em operação comercial no segundo semestre.

“Esperamos que o volume cresça nos próximos anos, com potencial de adicionar até 10 mil unidades por ano no longo prazo”, afirmam os analistas. Pelas suas contas, as casas off-site podem acrescentar R$ 4,70 de valor à ação. Por isso, a gestora elevou o preço-alvo para R$ 38.

Trunfo: casas pré-fabricadas da Tenda alimentam otimismo da XP (Imagem: Divulgação/Tenda)

Direcional

A Direcional (DIRR3) combina um balanço patrimonial robusto com eficiência produtiva. A XP afirma que esses atributos permitirão “que a companhia continue crescendo e aumentando participação de mercado.”

Outro elemento que justifica o otimismo dos analistas com a empresa é a Riva, seu braço para atuar no mercado de imóveis para a classe média. “Acreditamos que essa iniciativa traga não só uma via adicional de crescimento, mas também ajuda a companhia na diversificação de sua fonte de recursos, uma vez que esses projetos são financiados pelos recursos da Poupança (SBPE) ao invés do FGTS (no caso do programa Casa Verde e Amarela).”

Plano & Plano

A Plano & Plano (PLPL3) conta com “forte execução” e “operações asset-light”. Esses fatores devem impulsionar suas operações nos próximos anos, levando ao aumento de sua participação de mercado.

A XP estima que os lançamentos devem se estabilizar em torno de R$ 2 bilhões por ano. Outro da incorporadora é oferecer “um dos maiores retornos do segmento (ROE de 67% para 2021) e mantendo baixa alavancagem (10% dívida líquida/PL).”

MRV

Das empresas acompanhadas pela XP, a MRV (MRVE3) é a que inspira mais cautela. A incorporadora enfrenta pressões sobre as margens, decorrentes do aumento dos custos com materiais de construção. A margem bruta ajustada deve encerrar o ano em 30,4%, 2,5 pontos percentuais abaixo da do ano passado, segundo a gestora.

Pelo lado positivo, os analistas apontam que “as demais operações em maturação como a Luggo (aluguel residencial), Urba (loteamento) e principalmente a AHS (residencial nos Estados Unidos) devem ajudar a amenizar a pressão e sustentar o crescimento no lucro líquido da companhia daqui para frente.”

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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