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8 Jogos “Move to Earn” para ganhar dinheiro, segundo este analista

07 abr 2022, 16:16 - atualizado em 07 abr 2022, 16:16
Videogame game jogo Move to Earn
O Crypto Times levantou informações com Felipe Barros, Research Manager da Dux Games, e preparou um resumo acerca de alguns dos títulos mais relevantes. (Imagem: Unsplash/Alexey Savchenko)

A categoria “Move to Earn” (M2E) pode ser inicialmente compreendida como um desenvolvimento ou uma variação do estilo de jogo que se estabeleceu como “Play to Earn”.

Em vez de simplesmente “jogar para ganhar”, essa categoria de jogo em blockchain possibilita que as pessoas ganhem dinheiro fazendo atividades físicas – ou até, mentais, motoras e cognitivas -, dentro ou fora de casa. 

Atualmente, existem diversos projetos do tipo “Move to Earn” em desenvolvimento ou que já estão funcionamento.

O Crypto Times falou com o com Felipe Barros, Research Manager da Dux Games, e preparou uma lista com alguns dos títulos mais relevantes:

STEP’N

Stepn é um aplicativo Move to Earn construído na plataforma Solana (SOL), onde os jogadores devem adquirir Sneakers (NFTs de tênis) para participar de atividades como caminhar e correr.

Com isso, as pessoas recebem NFTs e tokens (GST, GMT) como premiação, recompensas que podem ser utilizadas ​​no jogo, trocadas no marketplace oficial ou em exchanges diversas.

Segundo o especialista em jogos de blockchain, o time de desenvolvedores é sólido e experiente, além de possuir parceiros importantes.

“O projeto conta ainda com o suporte de advisors de destaque, como Scott Dunlap (General Manager/CEO na Runtastic, subsidiária da Adidas na Áustria & VP Mobile na adidas, liderando times envolvidos com o desenvolvimento de apps como adidas running e adidas training), o que gera confiança por parte de investidores e apoiadores”, diz Barros.

Para ele, o grande destaque de Stepn é que o projeto foi construído dentro de um aplicativo móvel, que pode facilmente acessado por qualquer pessoa através de lojas de aplicativo oficiais. 

Independentemente de estar ou não familiarizado com o uso de carteiras digitais, criptografia e tokens baseados em blockchain, qualquer pessoa pode baixar o jogo e aprender de forma prática como acessar a todas essas funcionalidades.

O jogo pretende ainda adicionar uma exchange account nativa, junto de ferramentas de conversão de criptomoedas, com a utilização de uma carteira descentralizada própria e a implementação de um sistema de aluguel de tokens não fungíveis (NFTs).

“Isso vai possibilitar a entrada de novos jogadores para expandir a base de usuários do jogo, mesmo que eles não tenham condições de investir para começar a jogar”, explica.

DOTMOOVS

Esse Move to Earn possui um token baseado em ambiente “multi-chain” que integra Ethereum (ETH) e BSC.

Para o analista, o Dotmoovs é outro título que vem se destacando dentro desse contexto. O projeto tem os ex-jogadores Luiz figo e Ricardo Quaresma como embaixadores oficiais. 

O token $MOOV foi lançado há mais de um ano, ainda no início de 2021, e já passou por todas as fases de mercado desde o seu lançamento, enfrentando o bearmarket do ano passado.

“Ainda assim, não apenas sobreviveu mas vem agora tendo um ótimo desempenho e se destacando no mercado”, diz Barros.

Ele lembra que o projeto conta com ótimas parcerias e investidores e, surfando na recente onda do “hype” do Move to Earn, obteve uma valorização de mais de 1300% em apenas três dias.

No momento, o desafio disponível no aplicativo é uma competição realista de embaixadinhas. Em breve será lançado o módulo do desafio de Dança, junto de outras novidades previstas ainda para este ano, de acordo com seu roadmap oficial.  

WIRTUAL

O Wirtual começou em 2019 como um website para teste de vendas de produtos esportivos, e hoje atingiu grande sucesso devido ao alto potencial de crescimento do mundo fitness.

“Eles ainda resolveram dar um passo além criando uma aplicação que é vinculada a outros aplicativos de desempenho esportivo, que usam tecnologias do gênero, como, Strava, Fitbit, Garmin e, em breve, Google Fit e Apple Fit, para extrair informações dos treinos de seus usuários”, diz Barros.

Atualmente, o projeto está na fase 2.0 com muitas melhorias realizadas depois do lançamento inicial, como destaca o especialista.

Dentre os benefícios oferecidos por quem possui o token $WIRTUAL, da rede BSC, lançado em 2022, está a sua utilização para compra de produtos físicos.

Esse é um diferencial do aplicativo em relação a outros projetos Move to Earn, bem como a possibilidade de compra de Land Nfts e entradas para eventos esportivos virtuais.

Para iniciar a jornada no app Wirtual, disponível para Android e iOS, é necessário a criação de um avatar personalizado que pode ser utilizado em diversas modalidades esportivas como corrida, natação, caminhada, dança, ciclismo e musculação.

“É feito tanto para para competições em grupo quanto no modo solo, que avaliam parâmetros como velocidade e distância percorrida pelos competidores, premiando os mais rápidos bem como aqueles que percorrem as maiores distâncias”, lembra Barros.

OLIVEX

A proposta do projeto Olivex não é simplesmente construir um aplicativo ou um jogo único, mas um metaverso inteiro, um “Fitness Metaverse”, criando diversas experiências imersivas de gamificação de atividades esportivas em blockchain.

Através de parcerias com marcas conhecidas do universo de jogos e fitness do mundo todo, a plataforma busca oferecer novas possibilidades dentro do formato Move to Earn, motivando a adesão e o comprometimento com as atividades de seus usuários por meio das recompensas oferecidas na forma de ativos digitais.

Barros lembra que a plataforma de Olivex tem como alvo um mercado mais amplo de pessoas que se exercitam em casa, na academia e ao ar livre em mais de 170 países ao redor do mundo.

“Atualmente, o projeto está desenvolvendo três aplicações: Dustland Runner, para corredores, Dustland Rider, para ciclistas, e 22 Push Ups, direcionado para a prática de flexões”.

Além disso, o projeto também participa de investimentos diversos e atua na construção de outros projetos Move to Earn, como Defy.

“Dustland Runner é um projeto em desenvolvimento que pretende lançar a sua versão Alpha Mainnet para Android entre os mês de Abril e Maio. A whitelist, ou pré-venda, para sua primeira rodada de vendas foi recentemente encerrada”.

Já o Dustland Rider é um título voltado para os entusiastas do ciclismo, que permitirá que seus usuários experimentem o metaverso enquanto pedalam em casa ou na academia. Assim como na versão Runner, a aquisição de NFTs será necessária para participar do jogo.

DOSE

$DOSE é o token dedicado da plataforma Olivex que, ao contrário dos outros projetos citados, possui um sistema de token único, que é usado para todos os aplicativos que o projeto está construindo.

Apesar de possuir pontos positivos importantes na elaboração de seu ecossistema econômico, Barros comenta que isso poderá ser um desafio com o qual os projetos Olivex/Dose terão de lidar.

“O motivo disso é que, embora haja muito valor a ser criado a partir de uma grande variedade de aplicativos, a necessidade de controlar a inflação poderá ser um imperativo, uma vez que todos os títulos estiverem lançados, permitindo a uma base de usuários em rápida expansão acessar os recursos Move to Earn do projeto, provocando um grande aumento na emissão das moedas pagas como recompensa”, explica Barros.

Uma série de mecanismos de Burning Mechanics, Upgrades e utilização dos tokens estão previstas e certamente serão muito importantes para a sustentabilidade da plataforma.

O token $DOSE, disponível nas redes Ethereum e BSC, está no centro do ecossistema de fitness gamificado da Olivex.

Os jogadores receberão tokens DOSE por completarem a jogabilidade baseada em treino em Dustland Runner, Dustland Rider, 22 Pushups e outras experiências.

“Suas utilidades irão desde transações e vendas de NFT, passando por  taxas de entrada em eventos exclusivos, até diversas formas de upgrades e desbloqueios de serviços e atividades, como a possibilidade de assinar seus “Passes de Batalha Sazonal”.

DEFY

DEFY é mais um projeto que recebe investimentos e suporte da plataforma Olivex, que busca combinar Metaverso e Move to Earn, combinando elementos de realidade aumentada e funções GameFi.

A proposta também traz algumas semelhanças com jogos tradicionais como Pokemon Go e Zombie Run. O projeto está em fase de finalização, prestes a lançar a sua versão Alpha.

A primeira oportunidade de aquisição de seus NFTs ocorreu em 26 de Março de 2022, mas em breve mais oportunidades de investimento no jogo devem surgir, como a venda de Lands e o lançamento de seus tokens.

Construído nas redes Ethereum e Polygon, as comunidades do jogo ainda são pequenas. De acordo com as informações de seu documento oficial, a equipe de desenvolvedores conta com integrantes experientes que já trabalharam no desenvolvimento de aplicativos para marcas de destaque como Apple, Adidas, Redbull e Mastercard (confirmar info).

FITMINT

Fitmint é mais um projeto do estilo Move to Earn com NFTs de tênis, direcionado para a prática de corrida e caminhada, com uma proposta parecida com a de Stepn, mas ainda em desenvolvimento.

A sua primeira venda de ativos está planejada para meados do mês de abril, e deverá ser divulgada em suas mídias oficiais em breve.

Construída na rede Polygon, a proposta de Fitmint “agrega elementos de Web3 e Social-Fi” e tem a possibilidade de cadastro para a pré-venda do token de governança $FITT aberta até o dia 10 de Abril, em um link disponível na página principal do website do jogo.

METZ

De todos os projetos Move to Earn apresentados, Metz é o que ainda se encontra em um estágio mais inicial, ainda estando em fase de construção.

O lançamento do jogo deve ocorrer em 2023. O whitepaper oficial ainda não foi lançado e deve ser divulgado em breve.

Ainda assim, Metz já começou a chamar a atenção, após uma propaganda feita através de uma parceria com o rapper Snoop Dog. Construído na rede Solana (SOL), o jogo será inicialmente lançado para os dispositivos iOS e Android.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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