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A bolsa está barata, mas é melhor esperar para comprar depois do carnaval, diz gestora ARX

30 nov 2021, 17:36 - atualizado em 30 nov 2021, 17:36
Alexandre Sant’Anna, gestor de renda variável da ARX Investimentos (Divulgação/ ARX)

A bolsa brasileira está barata, mas é melhor esperar ao menos até fevereiro para sair comprando ações, segundo o gestor de renda variável da ARX Investimentos, Alexandre Sant’Anna.

“Não vejo por que não esperar um período de dois ou três meses, porque é difícil pensar em um catalisador [para os papéis] até lá”, disse o gestor nesta terça-feira (30) ao Money Times.

O Ibovespa acumula baixa de mais de 14% desde o início do ano, em um reflexo das incertezas fiscais do Brasil. O índice norte-americano S&P sobe 23% no mesmo período.

O especialista da ARX considera que de março em diante estará mais claro o rumo da eleição, levando em conta que as candidaturas presidenciais estarão oficializadas.

Para Sant’Anna, haverá uma tendência geral de discurso de responsabilidade fiscal. “O vencedor não vai transformar a política econômica em algo heterodoxo”, comenta.

“Além disso, você tem hoje um Banco Central independente e ainda a âncora do Teto de Gastos”.

De olho no Fed

Por ora, também pesaria sobre a tomada de decisão a desaceleração da China e os próximos passos do Fed, a autoridade monetária dos Estados Unidos, disse o gestor da ARX.

“A gente está vivendo esse momento de mudança de postura do banco central norte-americano, que é de mais aperto monetário, o que acaba afetando os ativos de risco”, lembra Sant’Anna.

Nesta terça, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que é apropriado para o banco central considerar concluir a redução da compra de títulos em larga escala mais rapidamente, com base na força da economia norte-americana e na alta taxa de inflação.

A declaração empurrou os índices acionários globais para baixo, e levou o Ibovespa e aprofundar a queda do dia, para uma baixa de 1,2%, aos 101 mil pontos.

A bolsa brasileira já estava operando no vermelho por conta dos temores com a ômicron — tema a ser monitorado, segundo o gestor da ARX. Para ele, a variante do coronavírus adiciona mais uma camada de incerteza.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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