Comprar ou vender?

A elétrica que pode ver lucro disparar 4 dígitos, segundo Safra

26 jul 2023, 12:58 - atualizado em 26 jul 2023, 12:58
Cemig
O segmento de geração deve apresentar bons resultados por ter posições vendidas em contratos de energia (Imagem: Youtube/Cemig)

O Safra espera lucro líquido de R$ 1,1 bilhão para a Cemig (CMIG4) no segundo trimestre de 2023, o que representaria disparada de 2265% ante o mesmo período do ano passado, revela relatório enviado a clientes.

Apesar disso, o consenso do mercado vê lucro de R$ 519 milhões para a Cemig, mesmo assim alta significativa de 127%. No segundo trimestre de 2022, a companhia mineira lucrou R$ 50 milhões.

Para o banco, a elétrica deve apresentar leve aumento de custo em serviços terceirizados, enquanto o braço de geração de energia irá se beneficiar do melhor cenário hidrológico.

Além disso, o segmento também deve apresentar bons resultados por ter posições vendidas em contratos de energia.

Já para a Gasmig, o braço de gás da empresa, o Safra vê Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 214 milhões.

Mesmo assim, a recomendação do banco segue neutra, com preço-alvo de R$ 12. Os analistas dizem ainda que a empresa negocia a um TIR (Taxa Interna de Retorno) de 6%.

A Cemig divulga seus resultados no dia 3 de agosto, após o fechamento do mercado.

Por que os analistas não entram de cabeça na Cemig?

Em relatório recente, o Itaú BBA elevou o preço-alvo para Cemig com a valorização recente das ações impulsionada por “números operacionais sólidos, uma estratégia de negociação de energia bem-sucedida e uma visão mais construtiva dos investidores sobre uma possível privatização“.

Com isso, os analistas elevaram o valor do papel de R$ 9,30 para R$ 14,80 ao fim de 2023. Apesar disso, a recomendação “neutra” não mudou.

Para uma reclassificação, o BBA gostaria de ver a Cemig alcançando marcos importantes em direção à privatização. As chances de desestatizar a Cemig melhoraram, mas ainda existe um longo caminho para percorrer, diz a instituição.

E, olhando para outras empresas do setor, a Cemig parece estar mais precificada, completa.

“Vemos o nome sendo negociado a uma taxa interna de retorno (TIR) implícita de 11%, o que parece justo quando comparado com seus pares, já que é uma empresa estatal”, afirma a equipe de análise de Utilities, em relatório publicado nesta quinta-feira (6).

Com Diana Cheng

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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