Aave consegue licença de Instituição de Dinheiro Eletrônico de reguladora britânica
Aave, protocolo de concessão e tomada de empréstimos não custodial, recebeu uma licença de Instituição de Dinheiro Eletrônico (EMI) da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA).
Aave Limited conseguiu aprovação no dia 7 de julho, segundo informações publicadas pela FCA, que emitiu a autorização. Essa licença permite que a Aave forneça serviços como a emissão de alternativas de dinheiro digital e serviços de pagamentos.
Segundo o fundador e CEO Stani Kulechov, o pedido por autorização havia sido enviado em 2018.
“O objetivo era ajudar o ecossistema Aave acessar contas bancárias e integrar usuários ao setor DeFi”, disse ele ao The Block por e-mail.
“Instituição de Dinheiro Eletrônico é a mesma autorização que Coinbase e Revolut têm na Europa. Irá fornecer suporte à integração de novos usuários ao ecossistema Aave e ao protocolo descentralizado ao longo do tempo.”
Dado que a organização é sediada no Reino Unido, um piloto para seus serviços específicos começará na região. Aave Limited possui seu próprio site e tem sede em Londres.
“Aave irá realizar testes-piloto no Reino Unido antes de se expandir para todo o Espaço Econômico Europeu (EEA) e depois mundialmente”, disse Kulechov.
Mais especificamente, o serviço permitirá que usuários “vão de fiduciárias para stablecoins e outros ativos nativamente no ecossistema Aave e depois usem esses ativos no protocolo Aave”.
Quando perguntado se o Aave tentará adquirir mais licenciamento na Europa, Kulechov disse:
O próprio protocolo Aave é descentralizado e deve ser governado pela AaveDAO. Porém, a integração da entidade Aave buscará por outras licenças para ajudar a integrar novos usuários ao ecossistema Aave até o ecossistema atingir uma grande adesão.
Aave esteve se preparando para o lançamento do que chama de “Aavenomics”, que terá a criação de um token de governança em meio a uma oferta mais ampla de descentralização.
O protocolo atraiu atenção significativa nas últimas semanas, segundo dados publicamente disponíveis pelo DeFi Pulse, em que o valor total bloqueado ultrapassou US$ 1 bilhão este mês.
Kulechov falou sobre o impulsionamento de descentralização e notou que o trabalho continua nessa área.
Ele explicou que “nossos contratos autônomos de governança agora estão em redes de testes e, atualmente, nosso contrato autônomo de Módulo de Segurança [do inglês “Safety Module”, ou SM,] que ativa os incentivos de staking antes da migração, está sendo auditado agora”.
“Após a auditoria estar completa, uma data pode ser proposta para a comunidade a qualquer momento”, continuou ele.
