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Ação da Aura Minerals é a forma mais barata de comprar ouro, diz XP

19 nov 2020, 14:59 - atualizado em 19 nov 2020, 16:05
Aura Minerals
Entre os pontos destacados pela XP, está o plano de investimento robusto da companhia para os próximos anos, o que pode fazer a produção de ouro saltar (Imagem: Aura Minerals/Divulgação)

A XP Investimentos iniciou a cobertura das BDRs da Aura Minerals (AURA33) com perspectivas animadoras. Segundo o analista Yuri Pereira, ter a ação da companhia é a maneira mais barata de comprar ouro.

A afirmação pode parecer exagerada, mas não para corretora, que estabeleceu um preço-alvo para os papéis de R$ 95, o que implica potencial de valorização de 89%, e recomendou a compra.

Entre os pontos destacados por Pereira, está o plano de investimento robusto da companhia para os próximos anos, o que pode fazer a produção de ouro saltar para 350 a 370 onças equivalentes de ouro (GEO) por ano. Para efeito de comparação, neste ano a companhia estima que a produção fique em 200 a 210 GEO.

“A Aura deve continuar a entregar seus projetos de expansão. O controlador da companhia possui forte experiência no setor, com mais de 50 anos atuando na mineração”, argumenta.

E claro, todo esse crescimento deve ser traduzido em dividendos gordos. O analista calcula um retorno com dividendos de 1,7% em 2021 e 4,5% em 2022, considerando a média de preços do ouro de US$ 1.860/pz e US$ 1.760/oz.

A empresa também aprovou uma nova política de dividendos recentemente, que será anual e com base no Ebitda ajustado menos investimentos de sustentação e exploração. Os dividendos deverão ser pagos no segundo trimestre de cada ano.

Ouro: jogo de ganha ganha

Pereira pontua também que a mineração de ouro tem se tornado cada vez mais diversificada geograficamente.

“Os diversos usos do ouro, como em joias, tecnologia e investimentos, significam que diferentes setores do mercado de ouro ganham destaque em diferentes pontos do ciclo econômico global”, afirma.

Além disso, ele pondera que a expansão econômica está ligada ao aumento do consumo do ouro. E se a economia cai, os investidores aportam seus recursos no minério, já que ele é considerado um ativo porto-seguro.

Nem tudo que reluz

Claro que como todo negócio, a exploração de ouro possui seus riscos. O principal deles está atrelado aos preços.

“Durante tempos adversos para a produção, como no período da Covid-19, podemos esperar algum impacto sobre os preços das ações devido às preocupações do mercado sobre potenciais paralisações”, disse.

Ele lembra que quando os preços do ouro sobem, os preços das ações da empresa de ouro também sobem; da mesma forma, quando os preços caem, os valores dos papéis caem.

Outro ponto que o investidor precisa estar atento são os riscos geológicos e a execução dos projetos, uma vez que os volumes estimados podem não se concretizar.

Últimos números

A Aura Minerals obteve uma elevação de 776% no lucro do terceiro trimestre de 2020. A mineradora lucrou R$ 132 milhões, ante os R$ 15 milhões do ano passado, mostra documento enviado ao mercado.

A receita líquida do período somou R$ 482 milhões, uma alta de 74%.

O Banco Safra também iniciou a cobertura das ações, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 79 para 2021, potencial de valorização de 65%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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