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Aura Minerals é uma mina de ouro e ações podem disparar 65%, diz Safra

17 nov 2020, 21:28 - atualizado em 17 nov 2020, 21:35
Ouro-Aura Minerals
Em 2021, a dupla espera que a produção cresça para 296 mil onças equivalentes de ouro (GEO) (Imagem: Aura Minerals/Youtube)

O Safra iniciou a cobertura das BDRs da canadense Aura Minerals (AURA33) com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 79 para 2021, potencial de valorização de 65%, mostra relatório enviado a clientes.

De acordo com os analistas Conrado Vegner e Victor Chen, a mineradora deve se beneficiar da tendência de alta do ouro, bem como de sua capacidade de aumentar a produção do minério.

“Em nossa opinião, possuir ações da Aura combina exposição aos preços do ouro com potencial de aumento de volume”, afirmam.

Em 2021, a dupla espera que a produção cresça para 296 mil onças equivalentes de ouro (GEO).

A empresa atualizou na última segunda-feira (16) suas projeções de produção desde ano para 200 a 210 GEO ante os 196 a 216 GEO anteriores.

Para os analistas, o ambiente atual de liquidez em expansão e baixas taxas de juros favorecem os preços da commoditie.

“Taxas de juros reais negativas em mercados desenvolvidos (e, em alguns casos, até taxas nominais) defendem o ouro como uma alternativa para manter títulos”, explicam.

Além disso, os números indicam que as descobertas não foram suficientes para repor as reservas nos últimos anos.

Outro ponto destacado por eles dizem respeito ao pagamento de dividendos, que devem ter rendimento de 7% entre 2021 e 2025.

A diversificação geográfica também foi lembrado pelos analistas. A empresa possui minas em Honduras, México, Brasil, Estados Unidos e Colômbia.

“Além de diluir os riscos regulatórios, a presença em vários lugares pode ser benéfico, uma vez que as receitas estão vinculadas ao dólar, enquanto parte dos custos são expressos nas moedas locais dos países”, pontuaram.

A Aura obteve uma elevação de 776% no lucro do terceiro trimestre de 2020. A empresa lucrou R$ 132 milhões, ante os R$ 15 milhões do ano passado.

Já a receita líquida do período somou R$ 482 milhões, alta de 74%.

Riscos

Apesar do otimismo, os especialistas destacam alguns riscos que podem prejudicar a tese de investimentos da empresa, como o preço do ouro, os riscos geológicos – uma vez que os volumes estimados podem não se concretizar – e questões regulatórias, como tributação e licenciamento.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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