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Ação da ‘cesta Lula’ derrete após definição das eleições; oportunidade de compra?

17 dez 2022, 9:00 - atualizado em 16 dez 2022, 14:20
Kroton, Cogna
As ações da “cesta Lula” estão sofrendo após a definição das eleições gerais de 2022 (Imagem: YouTube/Kroton)

Contrariando as expectativas de recuperação com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de presidente da República, a Cogna (COGN3) acumula uma desvalorização de aproximadamente 35% desde o resultado do segundo turno das eleições.

Em geral, as ações da “cesta Lula” estão sofrendo ao longo das últimas semanas, com o mercado repercutindo os últimos anúncios do novo governo (PEC da Transição, formação das equipes ministeriais, composição da equipe econômica).

Educação e construção civil, especialmente, eram cotados por analistas como os setores que mais poderiam se beneficiar com a volta de Lula no governo.

O mercado chegou a precificar a possibilidade de o petista ganhar a corrida presencial, uma vez que Lula aparecia liderando as pesquisas eleitorais de intenções de votos.

A expectativa sobre as construtoras se concentra nas empresas com maior exposição ao segmento de baixa renda, visto que elas seriam as mais beneficiadas com a retomada do Minha Casa, Minha Vida, uma das indicações do programa de Lula.

Já o desempenho das empresas educacionais reflete a perspectiva de maiores investimentos nos programas Fies e ProUni durante o governo Lula.

Queda é oportunidade?

A WIT Asset vê oportunidade na Cogna. Felipe Simões, diretor da gestora de recursos, destaca que o setor educacional ainda não se beneficiou com a eleição de Lula.

“Qualquer volta de subsídios governamentais para o setor será extremamente benéfica para as empresas”, defende.

Simões acrescenta ainda que a Cogna é negociada em um nível de valuation “bastante atrativo” em relação aos pares.

Além de Cogna, a WIT destaca mais quatro oportunidades para aproveitar antes da virada do ano:

  • Natura (NTCO3), pois acredita que os próximos balanços da companhia vão começar a mostrar as sinergias após a aquisição da Avon;
  • Americanas (AMER3), que sofreu ao longo do ano e pode aproveitar um cenário mais benéfico para o consumo;
  • Panvel (PNVL3), uma empresa “muito redonda”, com expansão de lojas, crescimento de receita e aumento de participação de mercado; e
  • Simpar (SIMH3), penalizada no curto prazo devido aos resultados do último trimestre e que oferece agora uma “ótima janela de oportunidade para compra”.

Cautela prevalece

Alguns analistas continuam em posição de cautela em relação à Cogna. O BTG Pactual reforçou sua recomendação “neutro”, apesar de esperar margens operacionais melhores à frente.

“Maiores despesas financeiras devem continuar pesando sobre a geração de fluxo de caixa para o acionista da Cogna, impedindo uma recuperação em forma de V”, afirma o banco.

O BTG destaca ainda que não paga antecipadamente por possíveis novos incentivos governamentais.

A Genial Investimentos está com recomendação de “manter” para a empresa educacional, citando o cenário macroeconômico ainda desafiador e incerto.

Como as outras instituições, a XP Investimentos tem recomendação neutra para o nome.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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