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Ação da Oi vai subir com venda da Oi Móvel, mas não será uma disparada, avisa Ágora

08 set 2020, 10:30 - atualizado em 08 set 2020, 12:53
OI OIBR3 OIBR4
Muita calma: boa parte da venda da Oi Móvel já foi precificada (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

É óbvio que a ação da Oi (OIBR3) deve subir com o avanço da venda da Oi Móvel, que deu um passo decisivo neste fim de semana, quando o consórcio formado pela TIM (TIMP3), Vivo (VIVT4) e Claro conquistou o status de melhor oferta do leilão (stalking horse) que será realizado no quarto trimestre. Mas não espere que o papel disparará, a ponto de tornar alguém rico da noite para o dia.

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Segundo a Ágora Investimentos, considerando-se tudo, a ação ainda tem espaço para subir 14% em relação ao fechamento da última sexta-feira (4).

Fred Mendes e Flávia Meireles, que assinam o comentário incluído no relatório de abertura de mercado desta terça (8), calculam que o preço-alvo da Oi seja de R$ 2,10. A dupla reforçou sua recomendação de compra das ações, e vê o negócio mais perto de ser concluído.

Os investidores parecem concordar. Às 10h27, a Oi operava em alta de 4,89%, cotada a R$ 1,93, enquanto o Ibovespa recuava 1,54%, pressionada pelo cenário externo, e marcava 99.682 pontos.

Valor já capturado

Embora um ganho de 14% no valor dos papéis seja respeitável, está longe de ser um desempenho de encher os olhos e os bolsos dos investidores. O motivo é simples: boa parte do ganho com a reestruturação da Oi já foi incorporada ao valor das ações nos últimos meses.

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Basta ver que, entre o último pregão de 2019, quando o papel fechou em R$ 0,86, e os R$ 1,84 com que encerrou a última sexta-feira, a valorização foi de 114%. A valorização residual do papel, prevista pela Ágora, é menor, inclusive, do que a verificada em dois pregões deste ano. Em 23 de julho, a Oi subiu 19,40%. Cinco dias depois, registrou outro salto, desta vez de 15,82%.

Além disso, os papéis apresentaram altas de dois dígitos, embora menores que 14%, em outros seis pregões.

Avanço

A Oi anunciou nesta segunda-feira (7) que aceitou a oferta de R$ 16,5 bilhões por sua unidade móvel feita por um consórcio formado pelas operadoras Claro, TIM e Vivo.

De acordo com documento arquivado na CVM, R$ 756 milhões referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi, acrescido do compromisso de celebração de contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, na modalidade take or pay.

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O valor presente líquido, calculado para fins e na forma prevista no Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial é de R$ 819 milhões.

Veja o comunicado divulgado pela Oi ontem (07).

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
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