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Ação da Suzano sobe após iniciar sessão em baixa; lucro do 4º trimestre cai 61%

13 fev 2020, 11:53 - atualizado em 13 fev 2020, 11:53
Suzano
O retorno das negociações das ações impulsionaram seu preço até a máxima de R$ 41,30, mas voltando a ficar abaixo de R$ 41,00, em dia de forte nervosismo nos principais índices mundiais (Imagem: Facebook)

As ações da Suzano (SUZB3) apresentam volatilidade na primeira hora de negociação da sessão desta quinta-feira nesta terça-feira. Após abrir em queda chegando à mínima de R$ 39,05, as negociações do papel foram inibidas pela B3 (B3SA3) às 10h13.

Por volta das 11h51, os ativos da Suzano avançavam 4,12% a R$ 41,65.

Na noite de ontem, a companhia divulgou lucro líquido de quarto trimestre de 2019 dentro do esperado pelo mercado, uma queda de 61% sobre o mesmo período do ano anterior gerada pela baixa do preço da celulose. A companhia, que também produz papel, teve lucro líquido de R$ 1,175 bilhão de outubro a dezembro, ante expectativa média de analistas compilada pela Refinitiv de R$ 1,77 bilhão.

Já o resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, foi de 2,465 bilhões de reais, também próximo à média das previsões, de 2,439 bilhões.

Na comparação com o quarto trimestre de 2018, o Ebitda da Suzano mostrou queda de 31%. “A redução é explicada, principalmente pelo menor preço líquido da celulose em dólares (36%)”, disse a Suzano no balanço.

Para a XP Investimentos, a Suzano teve operacionalmente volumes melhores do que o esperado tanto em papel quanto em celulose e custo caixa em níveis relativamente saudáveis, que contribuíram para um resultado acima das expectativas da corretora.

Do lado negativo, os analistas seguem monitorando a alavancagem em nível elevado: Dívida Líquida/EBITDA atingiu 5x (vs. 4,7x no terceiro trimestre), com impactos de um dólar médio mais alto no período. Eles esperam por uma reação positiva para Suzano, que tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$45/ação.

O BTG Pactual (BPAC11) mantém a recomendação de compra, apesar do momento desafiador no curto prazo. Para os analistas, o preço das ações da Suzano estão em uma reversão permanente dos preços da celulose para os custos marginais de produção (cerca US $ 530 por tonelada), o que, na opinião desses, parece um pouco exagerado.

A equipe acredita que as ações da Suzano estão subvalorizadas (com base no DCF normalizado) e que os investidores estão descontando mal os benefícios do negócio da Fibria (FIBR3).