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Ação da Vivara (VIVA3) ‘perde o brilho’ e despenca 14% nesta segunda (18) com mudança de CEO; queda é exagerada?

18 mar 2024, 18:53 - atualizado em 18 mar 2024, 18:53
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Vivara tem tombo de 14% na bolsa nesta segunda-feira (18) com anúncio inesperado (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

Figurando entre as mais negociadas da bolsa, as ações da Vivara (VIVA3) derreteram nesta segunda-feira (18), tendo no radar o anúncio “inesperado” de troca de CEO.

Os papéis da rede de joalherias tiveram um tombo de 14,03% no pregão, fechando o dia cotados a R$ 26,41 cada. A forte reação do mercado ocorre após a companhia informar na última sexta que Paulo Kruglensky renunciou ao cargo de CEO.

O comunicado também anunciou a volta de Nelson Kaufman como novo presidente da Vivara.

Kaufman fundou a Vivara na década de 60. Nos últimos anos, o empresário se dedicou a projetos pessoais. De acordo com a Vivara, Kaufman retorna ao comando da empresa “com o propósito de dar continuidade aos caminhos que a Vivara tem trilhado desde 2019, com o IPO, além de resgatar e solidificar as bases que trouxeram a empresa até aqui”.

Investidores reagem mal à notícia; o que está por trás da forte queda de VIVA3?

Na avaliação da XP Investimentos, a reação dos investidores nesta segunda reflete preocupações do mercado com possíveis mudanças na estratégia da Vivara.

A corretora lembra que os investidores tiveram poucas interações com o fundador, que saiu da posição de CEO antes do IPO.

“Como resultado, a mudança de CEO da Vivara traz incertezas para a tese, então os próximos passos serão monitorados de perto para definir o tom da performance da ação”, diz.

A XP participou da teleconferência realizada pela companhia para esclarecer dúvidas sobre a mudança de CEO.

A corretora destacou alguns pontos levantados pela Vivara, como:

  • Kaufman vê muito espaço para melhorias operacionais em áreas como gestão de lojas, investimentos em marketing, desenvolvimento de produtos e pessoas;
  • o fundador também vê um grande potencial para a Life, com 500-600 lojas como viáveis para a marca, enquanto vê espaço para o lançamento de novos produtos;
  • não está prevista qualquer alteração na alocação de capital a curto prazo, sendo que quaisquer potenciais novos movimentos estão limitados a um risco de até 5% do Ebitda;
  • a internacionalização continua nos planos da empresa;
  • sucessão é uma prioridade de médio prazo, embora Kaufman não esteja com pressa; e
  • o atual acordo de acionistas da Vivara não é afetado pelo anúncio.

A XP segue com recomendação de compra para VIVA3, pois entende que Kaufman tem forte expertise no negócio. Na teleconferência, o empresário também sinalizou que não deve realizar mudanças muito disruptivas na estratégia da Vivara.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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