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Ação da Vivo (VIVT3) cai 3% com margem abaixo do esperado

27 jul 2022, 14:19 - atualizado em 27 jul 2022, 14:22
Vivo
A margem Ebitda da Vivo foi impactada pela inflação mais alta e por um mix de receitas, segundo a XP (Imagem: Rafael Borges/Money Times)

A Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), divulgou resultado sólidos no segundo trimestre, com um lucro de R$ 11,8 bilhões, crescendo 11% ante o mesmo período de 2021.

Na ponta negativa, a margem Ebitda veio em queda de 0,8 pontos percentuais (PP) abaixo do esperado pela XP Investimentos, apresentando queda de 1,0 pp na base anual.

De acordo com a corretora, a margem foi impactada pela inflação mais alta e por um mix de receitas, com maior participação das vendas de B2B digital e de aparelhos.

Para a Genial Investimentos, a queda pode ser explicada por um “aumento robusto da receita líquida, sobretudo no que tange os serviços móveis, mas que foi superado pelo crescimento dos custos, por conta da maior pressão inflacionária e de outros fatores, o que foi crucial na queda da margem frente aos períodos passados”.

Por volta de 14h20, as ações da Vivo caíam 3,30%, a R$ 44,82.

A XP reiterou a recomendação de “neutro” para as ações da Vivo, ao preço-alvo de R$ 58 para o fim de 2022. Enquanto a Genial segue recomendando a compra, com preço-alvo de R$ 60.

Receita móvel cresce apesar de cenário macro

Segundo a XP, a Vivo tem conseguido aumentar o preço sem que os clientes deixem de utilizar os seus serviços. Os consumidores que pararam de usar o pós-pago foi 1,1% no 2T22 vs. 1,2% no primeiro trimestre do ano.

Para a Genial, a receita móvel foi puxada tanto pelo crescimento orgânico quanto inorgânico, representado pela adição de parte da base de clientes da Oi (OIBR3) que realizaram o shift (deslocamento) entre operadoras.

A corretora diz que a questão do reajuste de preços, aliado à parte da base de clientes do pós-controle “contribuiu em grande medida para o resultado, culminando em uma receita móvel de R$ 8,1 bilhão”.

Na visão da XP, o forte crescimento da receita móvel também reflete o cenário competitivo mais racional após a consolidação do mercado, passando de quatro, para três players.

“Esse cenário competitivo mais favorável deve acelerar as sinergias de receita após a aquisição de parte da Oi pela Vivo”, pontua.

Serviços digitais B2B e FTTH seguem sólidos

A receita fixa da Vivo acelerou pelo quarto trimestre consecutivo (1,7%), de acordo com a XP, suportada pelo forte crescimento do fiber to home (FTTH – fibra para casa), apresentando 23,7% de crescimento ante 2021.

Segundo a Genial, a empresa adicionou mais 210 mil usuários no trimestre, totalizando mais de 5 milhões no total.

“Outro ponto fundamental é o reajuste de preços para o FTTH no fim de março para cerca de 25% da sua base, o que resultou numa receita fixa total de R$ 2,7 bilhões”, destaca a corretora.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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