Mercados

Ação que disparou quase 70% em março pode subir mais? Veja as maiores altas do Ibovespa no mês

31 mar 2023, 18:20 - atualizado em 31 mar 2023, 18:24
Azul
A Azul voou alto em março (Imagem: Facebook/Azul Linhas Aéreas Brasileiras)

O Ibovespa termina o mês de março com um saldo negativo de 2,09%. Apesar da queda e do pessimismo, uma ação conseguiu, de longe, superar todas as expectativas: a Azul (AZUL4). O papel disparou 68%.

A empresa iniciou o mês com pessimismo extremo, com agência de ratings rebaixando sua classificação para quase calote. O cenário era difícil, já que o caso Americanas (AMER3) provocou uma crise de crédito. Porém, a aérea conseguiu negociar com os seus credores e reconquistar o mercado.

Só em 6 de março, os papéis da Azul dispararam quase 40%, refletindo os números do quarto trimestre de 2022 e de 2022, com recuperação no comparativo anual, além da notícia de que a empresa chegou a acordos com arrendadores de aeronaves responsáveis ​​por 90% de seus passivos de arrendamento.

Ação pode subir mais?

A questão que os investidores se perguntam é se a ação da Azul tem espaço para mais altas. O UBS BB elevou a recomendação das companhias aéreas Azul Gol (GOLL4) para “neutro” após as últimas notícias positivas que levaram ao salto das ações nas últimas semanas.

Os preços-alvo também foram ajustados para cima, de R$ 12,50 a R$ 14 para Azul e R$ 8,80 a R$ 9 para Gol.

Segundo analistas da instituição, Azul e Gol vão conseguir lidar com a posição de liquidez no curto prazo. Por conta dos últimos acordos fechados pelas empresas, existe espaço para ambas respirarem mais aliviadas.

“Os últimos acontecimentos reduziram o estresse do setor e reduziram significativamente o risco de crédito“, comenta o time de análise do UBS BB, em relatório publicado neste domingo (19).

Como resultado, o UBS BB espera que a Azul feche o gap de caixa e a Gol resolva o desequilíbrio de liquidez em 2023.

Já o Bank of America não nutre a mesma visão. O banco manteve a sua classificação de “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado) para as ações, mas elevou o preço-alvo a R$ 11,80, frente R$ 10,7 anteriormente.

Segundo os analistas do banco, a renegociação da dívida da Azul não parece definir corte nos valores a pagar, mas determina um atraso no pagamento e uma conversão de dívida/pagamentos futuros em patrimônio em termos “potencialmente favoráveis”.

De modo geral, o acordo com os arrendadores de aeronaves responsáveis ​​por 90% de seus passivos de arrendamento trouxe uma “diluição favorável no instrumento patrimonial da Azul e uma redução esperada nas despesas de aluguel”.

Com Diana Cheng e Iasmim Paiva

Veja as cinco maiores altas do Ibov

Empresa Ticker Valorização (%)
Azul AZUL4 68,72
EcoRodovias ECOR3 26,34
Embraer EMBR3 25,32
Gol GOLL4 20,8
CCR CCRO3 16,47

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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