Carros elétricos

Acidente fatal com carro da Xiaomi acende alerta sobre design de portas; ações têm maior queda desde abril

13 out 2025, 15:55 - atualizado em 13 out 2025, 15:32
Acidente com o sedã SU7 reacende debate sobre segurança de maçanetas eletrônicas em veículos elétricos. Imagem: Divulgação/Xiaomi
Acidente com o sedã SU7 reacende debate sobre segurança de maçanetas eletrônicas em veículos elétricos. Imagem: Divulgação/Xiaomi

Um acidente fatal com um carro elétrico da Xiaomi reacendeu nesta segunda-feira (13) o debate sobre a segurança de maçanetas eletrônicas — um recurso cada vez mais comum em veículos elétricos.

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O caso ocorreu em Chengdu, no sudoeste da China, e envolveu um sedã SU7, primeiro modelo da Xiaomi no mercado automotivo. O veículo pegou fogo após uma colisão, e testemunhas afirmaram que não conseguiram abrir as portas para resgatar o motorista, que morreu no local.

O episódio provocou reação imediata no mercado: as ações da Xiaomi chegaram a cair 8,7% na Bolsa de Hong Kong, marcando a maior baixa desde abril, antes de reduzir parte das perdas e encerrar o dia em queda de cerca de 5%.

Tentativa de resgate frustrada

Segundo a polícia local, o motorista, identificado apenas como Deng, de 31 anos, dirigia sob efeito de álcool quando colidiu com outro veículo e atravessou o canteiro central. Logo após o impacto, o carro pegou fogo.

Vídeos publicados em redes sociais chinesas, como o Weibo, mostram um Xiaomi SU7 em chamas e transeuntes tentando quebrar os vidros ou destravar as portas. As autoridades não confirmaram oficialmente o modelo do carro, mas a imprensa local identificou o veículo como o sedã da Xiaomi.

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A empresa ainda não se pronunciou sobre o acidente.

Ações da Xiaomi em queda

A forte desvalorização das ações reflete a preocupação de investidores com o impacto do caso na divisão de veículos elétricos da companhia, que estreou oficialmente no mercado automotivo em 2024 com o SU7.

Conhecida por seus celulares e eletrônicos de consumo, a Xiaomi aposta no setor de carros elétricos como parte de sua estratégia de diversificação e disputa direta com concorrentes como Tesla e BYD.

De acordo com analistas da China Everbright Securities International, a repercussão negativa é inevitável no curto prazo, mas os resultados sólidos nas outras áreas de negócios da Xiaomi — especialmente smartphones e dispositivos inteligentes — devem amenizar o impacto no médio prazo.

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Maçanetas eletrônicas voltam a ser questionadas

As maçanetas eletrônicas retráteis, que se integram à carroceria do veículo, são vistas como símbolo de design moderno, mas também levantam preocupações sobre falhas em emergências.

Em caso de incêndio ou pane elétrica, o sistema pode travar completamente, dificultando o acesso ao interior do carro. Embora exista uma alavanca manual de emergência, muitos motoristas não sabem onde ela fica, e socorristas não conseguem acioná-la de fora.

Em setembro, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA) abriu uma investigação sobre 174 mil unidades do Tesla Model Y após relatos de pessoas presas dentro dos veículos após colisões.

Na China, autoridades regulatórias também avaliam restringir maçanetas totalmente eletrônicas, citando risco elevado em acidentes.

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Histórico recente de incidentes

O acidente desta segunda-feira não é o primeiro envolvendo o Xiaomi SU7. Em maio, um outro caso fatal com o mesmo modelo já havia levantado dúvidas sobre o sistema de direção inteligente e os recursos de segurança do veículo.

Em setembro, a Xiaomi anunciou uma atualização de software em mais de 116 mil unidades do SU7, para corrigir possíveis falhas relacionadas ao sistema de assistência à condução.

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Jornalista com especialização em Gestão de Mídias Digitais. Atua como repórter nos portais de notícias Money Times e Seu Dinheiro.
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