Ações da Lojas Renner (LREN3) saltam após lucro disparar 59% no 1T25; é hora de comprar?

As ações da Lojas Renner (LREN3) chegaram a disparar quase 7% no pregão desta sexta-feira (9), em reação ao balanço do primeiro trimestre de 2025 da varejista de moda.
LREN3 encerrou o pregão com alta de 4,92%, a R$ 16,20. Acompanhe o tempo real.
A companhia teve lucro líquido de R$ 221 milhões no primeiro trimestre, expansão de 58,7% sobre o desempenho de um ano antes, em um resultado bem acima do esperado pelo mercado.
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O desempenho operacional medido pelo Ebitda (lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) total ajustado de R$ 585,2 milhões, crescimento de quase 55% sobre o primeiro trimestre de 2024.
A empresa teve uma margem bruta de varejo de 55,1% ante 54,5% um ano antes.
As vendas digitais saltaram 15% e a receita líquida de varejo avançou 12%, a R$2,76 bilhões.
Segundo a companhia, as vendas mesmas lojas cresceram 10,8% de janeiro ao final de março ante avanço de 7,2% no primeiro trimestre do ano passado.
O que agradou no balanço da Lojas Renner?
Na avaliação de analistas, Lojas Renner entregou um trimestre com números sólidos, com destaque nas receitas e margens.
O BTG Pactual coloca que a companhia reportou um sólido crescimento de vendas no trimestre, superando as estimativas do banco, enquanto o Ebitda consolidado também agradou, impulsionado por uma melhor margem bruta na operação de varejo e números mais fortes na Realize.
Na avaliação da equipe liderada por Bruno Henriques, o aumento da margem bruta do varejo para 55,1% foi um dos principais pontos positivos no trimestre.
Os analistas destacam que, segundo a empresa, mesmo em um cenário de inflação, altas taxas de juros e pressão cambial, esses resultados foram impulsionados por uma gestão de estoques mais eficiente – tanto por meio de maior agilidade e flexibilidade na captura de tendências e desenvolvimento de coleções, quanto pela melhoria gradual na precisão e velocidade de reposição nas lojas.
“Além disso, a recuperação parcial dos preços também contribuiu para esse crescimento”, avaliam.
Apesar do seu recente rali, com as ações subindo 29% nos últimos 3 meses, o BTG pondera que a combinação de resultados sólidos no primeiro trimestre e melhores tendências esperadas no segundo trimestre (com uma base de comparação mais fraca em termos de receita líquida) deve manter o momento da ação.
A recomendação do banco é de compra, com preço-alvo de R$ 16.
Na visão do Santander, a Lojas Renner apresentou um desempenho positivo em termos de lucratividade, impulsionado pelo crescimento saudável das vendas e pela alavancagem operacional, que já esperavam que fosse bem recebida pelo mercado.
A equipe de analistas liderada por Ruben Couto coloca que a companhia apresentou um desempenho positivo na maioria de suas linhas operacionais, ilustrado pelo Ebitda ajustado consolidado que cresceu cerca de 30% em relação ao ano anterior e ficou em torno de 30% acima do consenso.
“Os números acima do esperado vieram da aceleração das vendas no varejo, da expansão robusta da margem bruta, da diluição de despesas operacionais e de uma forte recuperação da Realize”, avaliam.
Mais importante ainda, na visão dos analistas, as tendências são construtivas, tendo em vista que o acúmulo de estoques de qualidade sinaliza confiança na temporada de Dia das Mães/Inverno, juntamente com os ajustes graduais de preços iniciados no primeiro trimestre.
A recomendação do Santander para LREN3 também é de compra, com preço-alvo de R$ 18.