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Adobe lança ferramenta para criação de NFTs e firma parceria com principais plataformas

27 out 2021, 10:46 - atualizado em 27 out 2021, 10:46
Adobe Photoshop
Adobe irá utilizar um método de código aberto para a assinatura criptografada da imagem, com a identidade do criador (Imagem: Adobe/Blog)

Adobe está introduzindo uma ferramenta do Photoshop que permite que usuários preparem imagens como tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês), a qual inclui credenciais de conteúdo que plataformas, como OpenSea, podem disponibilizar em seus sites para cada ativo.

O diretor de produtos da Adobe, Scott Belsky, divulgou a opção chamada “Prepare como NFT” durante uma conversa com Nilay Patel, do The Verge, no podcast Decoder.

A ferramenta permitirá ver a atribuição do criador do token, além de quem o emitiu, disse Belsky a Patel. Adobe irá utilizar um método de código aberto para a assinatura criptografada da imagem, com a identidade do criador, acrescentou o diretor.

A nova ferramenta já está disponível no aplicativo do Photoshop para computadores, em versão beta pública, informou Andy Parsons, diretor da Iniciativa de Autenticidade de Conteúdo na Adobe, ao The Block via e-mail.

“Nossos objetivos com os NFTs, neste estágio, são simples: como ajudamos as pessoas criativas a ganharem crédito por seu trabalho? Como ajudamos as pessoas que já estão criando NFTs a exibirem seus trabalhos, sem importar onde emitem?”, disse Parsons.

“Isso dá aos colecionadores e às plataformas informações valiosas sobre o verdadeiro criador de uma obra de arte.”

A nova opção de NFT no Photoshop possibilitará que criadores conectem seus perfis em redes sociais e informação de suas carteiras digitais à imagem.

“Ao adicionar seus endereços das redes sociais e de sua carteira às suas credenciais de conteúdo, você pode garantir aos compradores que você é, de fato, o criador do seu conteúdo”, afirmou a Adobe em um comunicado de imprensa.

“Um endereço cripto também é útil, caso alguém queira criar seu trabalho como arte cripto.”

2021 continuará sendo o ano
das figurinhas digitais (ou NFTs)?

OpenSea confirmou ao The Block que irá exibir sua nova credencial de conteúdo em sua plataforma. Em uma publicação em blog, a plataforma de comercialização de NFTs exibe uma captura de tela, que mostra a aparência das credenciais e inclui um link para a carteira cripto associada à pessoa que criou a imagem.

Um botão azul escrito “Match” aparecerá, se o endereço da carteira for condizente com a pessoa que criou a imagem.

“Isso será incrível para os criadores, colecionadores e compradores, para que eles tenham uma camada adicional de ferramentas que aumentam ainda mais a transparência”, disse Ryan Foutty, vice-presidente de desenvolvimento da OpenSea, ao The Block em uma entrevista.

Em um comunicado à imprensa, Adobe confirmou que também está firmando parcerias com as plataformas KnownOrigin, Rarible e SuperRare, para que compradores em potencial possam verificar se o criador e o emissor do NFT são a mesma pessoa.

“Ao usar Adobe Photoshop, criadores podem usar suas credenciais de conteúdo para capturar edições e informações de identidade, bem como inserir direitos de atribuição diretamente à imagem, a qual poderá ser exportada como NFT”, disse a OpenSea ao The Block, via e-mail.

Essas informações servirão como metadados anexados ao NFT, afirmou a startup.

Potenciais compradores de NFTs podem verificar essas credenciais ao fazerem o upload da imagem, usando uma ferramenta específica da Iniciativa de Autenticidade de Conteúdo, um projeto lançado inicialmente pela Adobe, Twitter e The New York Times.

Essas credenciais de conteúdo também serão mostradas, quando os NFTs forem acessados por meio dos portfólios Behance dos artistas, com links diretos para a plataforma para os compradores em potencial.

Adobe está lançando essa ferramenta como resposta à demanda para identificar o criador original do conteúdo exibido no NFT, visto que é muito fácil copiar qualquer imagem e emiti-la no blockchain.

Belsky disse a Patel que a assinatura criptografada “indica um sistema alimentado por IPFS (Sistema de Arquivos Interplanetário), que mostra os dados atribuídos, além de que essa ferramenta também usa armazenamento descentralizado”. 

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