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AgroForum: China soma três variáveis aos frigoríficos brasileiros que nenhum outro país trará

29 set 2022, 15:13 - atualizado em 29 set 2022, 15:15
Carnes, China
Carne bovina ainda é desafio para o Brasil na China (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

O CEO do Frigol, quarto maior grupo frigorífico de bovinos, não tem dúvida de que a China ainda representa desafios e que o sucesso das empresas brasileiras nesse mercado serve de apoio para a missão que muitos destinam ao Brasil, o de “alimentar o mundo”.

Na sua vez de falar no seminário AgroForum 2022, José Eduardo Miron, lembrou que o país asiático abarca, no comércio de carnes, três variáveis que nenhum outro do mundo oferece: volume, preços e capacidade de utilização de todos os cortes do boi.

Isto posto, possibilita aos fornecedores trabalhar todas as frentes de negócios e, com diferentes apelos, determinarão o atendimento dos outros destinos da carne brasileira, atuais e os mercados que restam abrir.

Com esse tríplice peso determinado, fornecer à China implica em “approach” constante em seguir todas as exigências impostas. “São mais de 100 itens que procuramos seguir à risca”, pontou Miron.

O executivo também se disse surpreso com o amadurecimento da China como consumidora da carne bovina, posto que os grandes volumes que passaram a adquirir levantaram suspeita de que não seriam sustentáveis passado o impacto da peste suína africana sobre o plantel de suínos, a proteína preferida. “Passamos essa fase”, completou.

O representante do Frigol no evento do BTG Pactual, nesta quinta (29), levantou também que a importância do Brasil está espalhada nas mesas do mundo, mas seguirá sendo a Ásia, como um todo, a determinar o ritmo das exportações brasileiras.

Disse ele, por exemplo, que os Estados Unidos, que hoje despontam nas vendas brasileiras, nunca chegarão a ser determinantes em termos de valor porque deverão seguir comprando carne como matéria-prima.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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