Comprar ou vender?

Ainda é cedo para acreditar na recuperação da Ultrapar, avalia XP

06 mar 2020, 21:31 - atualizado em 07 mar 2020, 1:12
Ipiranga Ultrapar UGPA3
Para a XP, a rede de postos Ipiranga sofrerá com a maior concorrência de distribuidoras de combustíveis regionais (Imagem: Divulgação/Postos Ipiranga)

A XP Investimentos ainda continua cética sobre as projeções operacionais da Ultrapar (UGPA3) apresentadas ontem durante evento com investidores, revela relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (06). Veja a apresentação do “Ultra Day” no final do artigo.

Para o analista Gabriel Fonseca, as principais empresas do grupo atingirão um ponto de mudança, com a rede de postos de gasolina Ipiranga enfrentando maior concorrência de distribuidoras de combustíveis regionais e a Oxiteno sofrendo com margens de petroquímicos globalmente pressionadas.

Apesar disso, ele destaca a visão otimista da companhia com os setores de refino e logística de derivados de petróleo.

O motivo principal é que o Brasil já vive uma situação de déficit de produção de derivados de petróleo, e já depende de importações para atender a demanda interna.

“Ao final desta década, tal situação pode evoluir para falta de produtos por exaustão da capacidade de produção e importação de derivados, razão pela qual são necessários investimentos em capacidade de refino e em terminais portuários”, disse.

Diante desse fatores, a XP Investimentos manteve a recomendação neutra nas ações e atualizou o preço-alvo de R$ 24 para R$ 22 por ação.

Projeções para 2020

Em 2020, a empresa espera alcançar um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,940 bilhões. Os números desagradaram o mercado.

Em relatório, o Itaú BBA afirmou que o guidance já está precificado, mesmo que o ponto médio das metas esteja abaixo das suas expectativas.

A recomendação do BBA é de desempenho igual ao da média do mercado (marketperform).

Veja a apresentação:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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