Alerta no Banco do Brasil (BBAS3), cautela com Hapvida (HAPV3) e otimismo com Axia (AXIA6); veja destaques do Money Picks
O momento difícil do Banco do Brasil (BBAS3) foi um dos destaques do Money Picks desta segunda-feira (24). Apresentado pela repórter Juliana Caveiro, o programa abordou análises e recomendações das principais casas do mercado.
No terceiro trimestre de 2025 (3T25) o banco reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 60% na comparação anual. Foi o terceiro trimestre consecutivo de retração, encerrando uma sequência de 16 períodos de crescimento.
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O tombo nos resultados atingiu também o Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE), que colocou o BB atrás da maioria dos concorrentes — uma mudança significativa para quem costumava figurar entre os melhores retornos do setor.
O principal fator de pressão foi a inadimplência, que subiu para 4,93% no atraso acima de 90 dias. No agronegócio, área mais crítica para o banco, a inadimplência chegou a 5,34%, puxada por produtores de soja e regiões do Centro-Oeste e Sul.
Pequenas e médias empresas também preocupam: 10,25% de inadimplência, mais que o dobro da média do banco.
Com a piora disseminada, o Citi — um dos últimos otimistas — retirou a recomendação de compra e passou a indicar neutro para BBAS3. Na avaliação da casa, a recuperação deve ser lenta, com melhora mais provável somente a partir de 2026.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida (HAPV3) também foi um dos destaques. A empresa segue no radar, mas o clima é de cautela. O Bradesco BBI reduziu o preço-alvo de R$ 51 para R$ 27, praticamente um corte pela metade — embora ainda veja cerca de 40% de potencial de valorização.
O balanço mostrou lucro líquido de R$ 338 milhões (+4,1%), mas também evidenciou pressões: Ebitda ajustado de R$ 746,4 milhões (queda de 2,1%); queima de R$ 51,9 milhões de caixa livre; e sinistralidade pior, com custos médicos mais altos corroendo margens.
Com isso, o BBI reduziu em 42% a projeção de lucro para 2026. Outras casas seguiram o mesmo caminho, com o BB Investimentos rebaixando o papel para neutro.
O JP Morgan também foi mais uma casa que mudou a recomendação para as ações de compra para neutra e reduziu alvo para R$ 39. O BTG Pactual cortou o preço-alvo da Hapvida, de R$ 67 para R$ 50;
Ainda assim, parte do mercado mantém visão construtiva, apoiada em valuation descontado, benefício fiscal da fusão com a Intermédica e um robusto programa de recompra de até 70 milhões de ações — cerca de 24% do free float.
Axia Energia (AXIA6)
Para fechar o programa, o Money Picks trouxe uma recomendação bônus: Axia Energia (AXIA6), a antiga Eletrobras. A empresa passou a negociar sob o ticker AXIA6 na B3 após consolidar sua transformação pós-privatização.
Segundo analistas da Empiricus Research, o nome pode ter mudado, mas o que realmente importa são os avanços operacionais — e eles vêm acontecendo.
Entre os pontos positivos, destacam a boa gestão da dívida; novos investimentos em geração e transmissão; melhora esperada nos preços de energia; e vendas de participações, como a da Eletronuclear.
A companhia também tem se destacado na distribuição de dividendos. Após um forte 3T25, a Axia anunciou mais de R$ 4 bilhões em proventos e não descarta pagamentos adicionais até o fim do ano.
Para a Empiricus, AXIA6 é hoje uma das cinco melhores ações brasileiras para buscar dividendos.
Para conferir todos os detalhes sobre essas análises e decidir se vale ou não colocar essas ações na sua carteira, acompanhe o Money Picks no canal do Money Times no YouTube.
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