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Alibaba prepara venda de até US$ 8 bilhões em títulos

06 jan 2021, 9:01 - atualizado em 06 jan 2021, 9:01
Alibaba
O Alibaba levantou cerca de US$ 11 bilhões com uma oferta de ações em Hong Kong no final de 2019 e tinha caixa de quase US$ 90 bilhões no final de setembro (Imagem: Facebook/Alibaba Group)

O Alibaba Group planeja captar até US$ 8 bilhões com a emissão de títulos em dólares já na próxima semana, segundo pessoas a par do assunto.

O gigante de comércio eletrônico quer levantar pelo menos US$ 5 bilhões, mas pode conseguir mais dependendo da recepção, disseram pessoas que não quiseram ser identificadas.

A emissão terá várias tranches, com prazos específicos ainda a serem definidos, disseram. O Alibaba não quis comentar. A Reuters havia informado anteriormente os planos de emissão.

Concretizar a emissão quando o império de Jack Ma enfrenta intensa pressão do governo chinês seria um sinal de confiança dos investidores globais na empresa.

Nos últimos meses, autoridades suspenderam o IPO de US$ 35 bilhões da fintech Ant, propuseram novas regras para limitar o domínio de gigantes de Internet e multaram o Alibaba sobre aquisições de anos anteriores. Um exame mais minucioso das fusões e aquisições pode trazer incerteza ao crescimento de grandes empresas de Internet.

“Vemos a emissão como algo exploratório devido à maior incerteza em torno da Ant/Jack Ma”, disse Chuanyi Zhou, analista de crédito da Lucror Analytics, em Cingapura. “Pode muito bem revelar a seriedade com que investidores globais percebem o ambiente regulatório em rápida evolução na China e o impacto potencial no Alibaba.”

O Alibaba levantou cerca de US$ 11 bilhões com uma oferta de ações em Hong Kong no final de 2019 e tinha caixa de quase US$ 90 bilhões no final de setembro.

Empresas globais correm para emitir títulos. Emissores ofertaram mais de US$ 65 bilhões em títulos em dólar globalmente até agora neste ano, depois do recorde acima de US$ 3,6 trilhões em 2020, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

O Alibaba acessou o mercado de dívida global pela primeira vez em 2014, para levantar US$ 8 bilhões logo após sua estreia na Bolsa de Nova York.

A empresa foi ao mercado offshore pela última vez em 2017, com uma grande oferta de títulos de US$ 7 bilhões, e precisa pagar ou refinanciar cerca de US$ 1,5 bilhão de dívidas em dólares com vencimento neste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg.

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