Economia

Alta na inflação dos EUA abre espaço para reajustes mais agressivos do Fed

10 jun 2022, 13:13 - atualizado em 10 jun 2022, 13:13
Federal Reserve
(Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

Nesta sexta-feira (10), o Departamento do Trabalho americano divulgou que a inflação nos Estados Unidos é a mais alta desde dezembro de 1981. Nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) acumulou alta de 8,6%. Em maio, a alta foi de 1%.

Os grupos que mais influenciaram na variação de preços foram os de energia e alimentação As altas foram, respectivamente, de 34,6% e 10,1% quando comparado com abril do ano passado.

Agora, fica a dúvida: como o Federal Reserve, o banco central dos EUA, vai reagir a essa nova disparada da inflação? Para o economista sênior da BMO Capital Markets, Sal Guatieri, os dados divulgados sugerem que o pico da inflação pode estar longe e que os americanos vão ver os preços subirem mais. Assim como o banco Wells Fargo, que projeta que a inflação deve ficar perto de 9% em junho.

“50 bps é, agora, o mínimo que o Fed aumentará nas próximas reuniões, à medida que corre para recuperar o atraso”, completa Guatieri.

O economista-chefe do Modal, Felipe Sichel, afirma que a composição do índice é negativa para a trajetória da inflação nos EUA, que ainda tem riscos com o mercado de trabalho aquecido e as pressões dos alimentos e combustíveis.

“Resta poucas alternativas à autoridade monetária que não elevar novamente os juros. Devem ser mais três ou quatro altas de 50 bps seguidas de altas de 25 bps. Com isso, a taxa ao final do ano estará próxima a 3%”, diz.

No final do mês passado, já tinha Fed sinalizado que deveria manter as elevações de 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões, mas indicar por quanto tempo seguiria com os reajustes. Mas o economista sênior do Capital Economics, Michael Pearce, aposta que o reajuste deve ser maior já no encontro da semana que vem.

“O aumento surpreendente da inflação para 8,6% em maio, junto com outro forte aumento nos preços básicos ampliam as chances de que o Fed precise estender sua série de aumentos de 50 bps. E até abre a porta para um movimento maior de 75 bps na reunião do FOMC da próxima semana.”

(com Reuters)

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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