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Alta nos casos de Covid e Influenza coloca recuperação das aéreas brasileiras em risco?

07 jan 2022, 12:23 - atualizado em 07 jan 2022, 12:23
Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, Brasil, 20/05/2020. REUTERS/Ricardo Moraes
O aumento dos casos atrasará mais uma vez a recuperação do setor aéreo, mas é momentâneo, diz Genial (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O aumento dos casos de Covid-19 e Influenza joga um balde de água fria nas operações das companhias aéreas brasileiras, afirma a Genial Investimentos.

Segundo a corretora, o efeito que a Covid e a Influenza têm nos voos das empresas nacionais, embora pequeno até agora, é preocupante.

“A escalada de casos pode prejudicar mais voos pela frente, como aconteceu nos Estados Unidos“, comenta.

A quarta-feira (5) foi o décimo primeiro dia consecutivo com mais de mil cancelamentos no setor aéreo dos EUA, a pior sequência desde o início da pandemia.

Até agora, mais de 22 mil voos foram suspensos no país desde a véspera do Natal.

Nesta quinta (6), a Azul (AZUL4) informou que o crescente número de novas infecções pelo coronavírus e pela influenza impactou em 10% os voos programados da companhia para janeiro.

O CEO John Rodgerson alertou os funcionários sobre o “alto número de dispensas médicas” tanto no grupo de voo quanto em áreas administrativas.

A Azul disse que começou a realizar alguns ajustes para enfrentar a situação. O número de cancelamentos não foi divulgado.

A Genial acredita que o aumento dos casos atrasará mais uma vez a recuperação do setor aéreo, mas vê o movimento como momentâneo, já que “a demanda por turismo tem crescido de forma acelerada”.

A corretora mantém a indicação de compra da ação da Azul, com preço-alvo de R$ 28.

Gol
A XP tem uma visão mais cautelosa em relação às companhias aéreas (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

Outra leitura

A XP Investimentos adota uma visão mais cautelosa em relação às aéreas nacionais, com recomendação neutra para Azul e Gol (GOLL4).

A Gol reportou nesta semana que sua demanda por voos no quarto trimestre cresceu 15,2% ante o mesmo período de 2020, representando uma forte desaceleração em relação ao avanço de 87,5% verificado no terceiro trimestre.

A oferta aumentou 13% ante o mesmo período de 2020.

De acordo com a XP, os dados suportam a preocupação de parte do mercado com a capacidade da Gol de entregar seu guidance para 2022.

“Os dados confirmaram um quarto trimestre de 2021 ligeiramente abaixo do guidance fornecido pela empresa para ASK (oferta de assentos) e RPK (demanda realizada)”, comenta.

Disclaimer

Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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