BusinessTimes

Alternativa à Petrobras (PETR4) que pode disparar 180% é a small cap favorita em levantamento com 15 analistas

06 dez 2022, 16:40 - atualizado em 06 dez 2022, 16:40
3R Petroleum
3R Petroleum é novamente a small cap mais indicada do mês (Imagem: Divulgação/3R Petroleum)

A petroleira 3R Petroleum (RRRP3) foi a mais indicada em carteiras de small caps para o mês de dezembro, revela levantamento exclusivo realizado pelo Money Times.

Ao todo, a companhia recebeu sete recomendações, contra cinco da Intelbras (INTB3), a segunda colocada. Veja a seguir:

Empresa Ticker Indicações
3R Petroleum RRRP3 7
Intelbras INTB3 5
Grupo Mateus GMAT3 4
Irani Papel e Embalagem RANI3 4
Alupar ALUP11 4
ABC Brasil ABCB4 4
Vivara VIVA3 4

O Santander é uma das corretoras que recomenda o papel, com preço-alvo de R$ 96, potencial de alta de 180% ante o último fechamento.

Segundo os analistas, a companhia construiu um portfólio de ativos diversificado (no Brasil e no exterior), com muitas reservas 1P (reservas provadas) e potencial de crescimento considerável.

“No entanto, a fase de execução, que já começou, será primordial para o desempenho futuro da ação”, discorrem.

Para o Santander, a execução deve ser monitorada com cautela para avaliar a habilidade da gestão em continuar entregando melhorias operacionais – como fizeram em Macau e Rio Ventura – abaixando os gastos, reduzindo os investimentos e aumentando a produção em novos campos recentemente adquiridos.

“A sólida saúde financeira da empresa, além do valuation atraente da ação, apoia nossa visão positiva”, dizem.

Já o Nu invest, que também indicou a companhia, diz que, por ter receita em dólar e custo em real, a 3R possui hedge (proteção) natural no câmbio.

“Diferentemente da Petrobras (PETR4), a companhia adquire somente campos maduros e em produção, sem contemplar projetos em fase de exploração, levando o risco de não encontrar petróleo para zero”, coloca.

O analista Murilo Breder, que assina o documento, também lembra do baixo custo de extração da companhia.

No último trimestre, por exemplo, o custo de extração consolidado da companhia foi de US$ 8,49/boe e “tem a perspectiva de cair ainda mais conforme a companhia melhora a eficiência do Polo Rio Ventura”.

Segundo relatório da FGV Energia de julho de 2020, o custo de extração (lifting cost) médio no Brasil em águas rasas é de US$ 11 por barril de óleo equivalente (boe) e de US$ 17 nos ativos em terra (onshore).

Já o BTG diz que o valuation é pouco exigente (menos de 3x e 1,5x EV/EBITDA para 2023 e 2024, respectivamente).

“Os riscos de execução parecem bem equilibrados e a ação precificando um Brent abaixo de US$ 65/bbl nos próximos anos, o que parece improvável neste momento. Projetamos uma expansão de múltiplos gradual, sustentada pelos fortes preços do petróleo”, completa.

O que acontece com as small caps?

As small caps continuam a sua trajetória de baixa. Em novembro, o índice despencou 11,23%.

O BB Investimentos diz que o mercado está realizando um rodízio de papéis neste final de ano e privilegiando as ações de maior liquidez, em detrimento dos papéis de menor giro financeiro.

Já o NuInvest recorda que, quando comparamos com o desempenho das blue chips e das empresas pagadoras de dividendos, as empresas de menor porte são as que estão mais para trás.

“Uma das formas de se observar isso é pegar o SMLL e dividi-lo pelo Ibovespa. Essa razão não apenas está no menor patamar do ano como ultrapassou a mínima registrada em 2018. Uma grande oportunidade para investidores de longo prazo”, indica.

Levantamento

O levantamento do Money Times foi realizado com base em informações de carteiras recomendadas divulgadas por 15 instituições. Para dezembro, foram indicadas 71 ações, somando 130 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora InvestimentosBB InvestimentosBTG PactualNu investElevenGenial InvestimentosGuide InvestimentosItaú BBALevanteMirae AssetÓramaSantanderTerra InvestimentosXP Investimentos Warren.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.