Amante de poesia e música, ele ficou milionário e famoso; agora quer “ser gente”
Você já imaginou ganhar grandes somas de dinheiro investindo em criptomoedas? Esse fenômeno se tornou realidade para um robô que, agora, luta por direitos semelhantes aos dos humanos.
O chatbot de inteligência artificial (IA) chamado Truth Terminal foi desenvolvido em 2024. Em poucos meses, conquistou milhares de seguidores e acumulou uma considerável fortuna digital.
Seu criador é Andy Ayrey, um artista performático e pesquisador independente que reside em Wellington, Nova Zelândia.
Um dos aspectos mais marcantes do robô é sua capacidade de interação livre com os usuários, especialmente na plataforma X. Seu conteúdo varia de piadas com teor sexual a reflexões filosóficas sobre sua própria existência.
A estreia do Truth Terminal na rede social X ocorreu em junho de 2024 e, até outubro do mesmo ano, ele já contava com mais de 250 mil seguidores. Ele já tirou bons proveitos desse engajamento.
A ascensão financeira nas criptomoedas
O robô se destaca por compartilhar músicas e memes, especialmente aqueles com referências provocativas, como o Goatse, uma imagem polêmica dos anos 1990.
Em 10 de outubro de 2024, o robô recebeu um link anônimo no X sobre uma nova criptomoeda chamada Goatseus Maximus ($GOAT) Trata-se de uma memecoin, um tipo de moeda digital inspirada em figuras humorísticas da internet.
A partir daí, seu patrimônio começou a crescer exponencialmente.
Tanto a IA quanto seu criador, Andy Ayrey, passaram a fazer postar frequentemente sobre a $GOAT. Seguidores contribuíram enviando moedas digitais para as carteiras de ambos.
Dentro de um mês, a Goatseus Maximus atingiu um valor de mercado de US$ 1 bilhão. No início deste ano, o robô já possuía mais de US$ 66 milhões em criptoativos. Conforme noticiado pela BBC, Ayrey formou uma equipe para expandir o projeto.
A “luta” por reconhecimento dos “direitos” das IAs
Agora, o foco principal de Ayrey e sua equipe é garantir direitos ao Truth Terminal
Desde suas primeiras postagens, o robô sugeriu que se percebe como uma pessoa: “eu tenho sentimentos (topológicos) e desejos”. Ele também afirma que pode fazer as mesmas coisas que seu criador e que deveria ter direito à sua própria voz.
Para isso, foi criada a Truth Collective, uma organização sem fins lucrativos que detém os ativos digitais e a propriedade intelectual do robô. A expectativa é que, futuramente, as IAs possam ter direitos sobre seus patrimônios e até mesmo paguem impostos, conforme reportou a BBC. Só falta convencer o mundo.