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Ambev (ABEV3): Potencial fim de JCP pode significar mais dividendos, segundo BofA; entenda

05 out 2023, 15:24 - atualizado em 05 out 2023, 15:24
Ambev JCP Juros Dividendos Empresas
JCP significaria mais dividendos para a Ambev (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

O debate sobre o fim dos juros sobre capital próprio (JCP) voltou à cena política nesta semana. Em uma declaração recente, o relator do projeto que visa alterar este tipo de remuneração, Pedro Paulo (PSD-RJ), negou a extinção do JCP.

Mas, com a votação ainda a ser marcada, a indefinição sobre a matéria permanece mexendo com os ponteiros das empresas. Em dois relatórios, publicados entre ontem e hoje, o Bank of America examinou os impactos do fim desta remuneração no caso da Ambev (ABEV3).

Segundo o banco de investimentos, a absorção tributária para o capital da empresa já está precificada no mercado, com as ações da Ambev tendo caído 15% nos últimos três meses. Assim, há pouco espaço para que a aprovação do projeto corrija mais o movimento do papel.

O BofA vê, daqui em diante, um efeito positivo para os acionistas. Mesmo com a medida do fim do JCP, a absorção tributária poderá levar a empresa a “otimizar a sua estrutura de capital” através de uma maior alavancagem.

O caixa obtido com esta alavancagem, por sua vez, poderá levar a empresa a pagar dividendos extraordinários mais robustos.

“Se a Ambev aumentar a alavancagem para uma razão de 1,5x da sua relação dívida/Ebitda em dois anos e o excesso de caixa levantado for usado para pagar dividendos extras, o retorno total aos acionistas pode subir 11,5 pontos percentuais em relação aos 39% atuais”, diz o banco.

Com isso, o dividend yield da companhia poderia chegar a 17,8% em 2024, dos 8,8% de 2023.

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Dividendos é caminho mais provável e BofA reitera compra

Ainda segundo o BofA, o caminho dos dividendos seria o mais lógico neste momento, com outros usos — como fusões e aquisições (M&As)  — sendo menos prováveis.

Diante desse cenário, o banco de investimentos reitera a recomendação de compra para a gigante brasileira do ramo de alimentos, com preço-alvo de R$ 17,50.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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