Bilionários

Americanas (AMER3): A investida de gestor lendário contra Lemann, Sicupira e Telles

06 fev 2023, 20:13 - atualizado em 07 fev 2023, 14:25
Jorge Paulo Lemann
Enquanto os credores querem uma injeção de capital de pelo menos R$ 15 bilhões, os investidores bilionários não ofereceram mais de R$ 6 bilhões (Dado Galdieri/Bloomberg)

Uma das maiores gestoras do Brasil, a Verde Asset, do lendário Luiz Stuhlberger, não deixou barato o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas (AMER3) e classificou as inconsistências como “a maior fraude corporativa do Brasil”. 

E como se não bastasse isso, a Verde também “cutucou” os acionistas referência formados por Carlos Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, ao afirmar que “diante da escolha entre aportes para reparar um pedaço substancial da fraude, ou preservar sua reputação/legado, tem ficado silentes, mas claramente escolheram a opção financeira”.

O trio não chegou a um acordo com bancos. Enquanto os credores querem uma injeção de capital de pelo menos R$ 15 bilhões, os investidores bilionários não ofereceram mais de R$ 6 bilhões.

  • Situação da Americanas pode ficar cada vez pior: sócio bilionário de Lemann também despeja AMER3 no mercado e aposta em outro ativo com maior potencial de valorização a partir de 2023; entenda o movimento 

No último domingo, os bilionários desembarcaram no Brasil para negociar diretamente uma solução.  Segundo a Bloomberg, Sicupira assumiu as negociações.

A gestora ainda finaliza a carta com uma frase de Warren Buffett: “leva vinte anos para se construir uma reputação e cinco minutos para arruiná-la. Se você pensar nisso, fará as coisas de maneira diferente”.

Prejuízo para Verde

A gestora detém debêntures da Americanas, sendo que a primeira compra ocorreu em maio de 2020. O prejuízo para o fundo foi de 14 bps (pontos-base), o que limitou seus ganhos para 2,7% em janeiro.

A exposição total de crédito representa por volta de 10% do fundo hoje, informa.

O anúncio das inconsistências, comunicada por Sergio Rial no último dia 11 de janeiro, provocou um colapso no preço das ações, bonds e debêntures da Americanas, levando ao pedido de recuperação judicial poucos dias depois.

“Fomos vítimas de uma fraude. Há quanto tempo que esta fraude existe, quem foram os principais responsáveis e beneficiários, é assunto que será amplamente discutido e explorado no judiciário”, escreve.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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