Mercados

Aos olhos do mercado (e do ‘gringo’), invasão nas sedes dos 3 Poderes é péssimo sinal

08 jan 2023, 17:35 - atualizado em 08 jan 2023, 18:18
Congresso
Invasão de manifestantes bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília neste domingo (8) é péssimo sinal para o mercado financeiro, principalmente para o investidor estrangeiro (Imagem: Twitter)

A invasão de manifestantes bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes em Brasília neste domingo (8) é um péssimo sinal para o mercado financeiro. Isso porque os atos antidemocráticos não são nada atraentes para o investidor, estrangeiro, principalmente.

“‘Pro’ mercado, o sinal é péssimo, especialmente àqueles que muitas vezes respondem por metade de nosso fluxo”, comentou pelas redes sociais o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, referindo-se ao fluxo de capital externo no mercado doméstico. 

Confira o post no Twitter:

Ainda pelas redes sociais, o CIO da TAG Investimentos, Dan Kawa, avalia que o episódio é mais um fator que tende a trazer volatilidade aos ativos de risco. Afinal, “no Brasil, não se morre de tédio”.

Ainda que a situação em Brasília seja superada no curto prazo, serão dias tensos nos mercados. Isso porque é preciso restabelecer o curso normal de funcionamento das instituições.

Crise institucional tem efeito nos mercados

Nesse sentido, o economista André Perfeito avalia que o novo governo está em uma situação complicada. Isso porque é preciso agir para conter os protestos, através de uma operação militar para garantir a lei e a ordem (GLO). 

No entanto, parte da própria Forças Armadas resiste ao pedido. Perfeito lembra que o “silêncio dos militares” não passa sem ser notado.

Para o economista, é exatamente essa crise institucional que terá efeito sobre o Ibovespa e o dólar. Uma crise institucional está se instalando e isso deve ter efeito sobre o preço dos ativos financeiros”, comenta.

Segundo ele, neste cenário, é razoável supor que a percepção de risco se eleva. “E assim os juros devem subir, com efeitos na bolsa e outros ativos”, finalizou.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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