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Após anunciar descoberta no Brasil, lucro da BP surpreende, mas tem queda no segundo trimestre

05 ago 2025, 4:41 - atualizado em 05 ago 2025, 4:41
Lucro surpreende analistas, mas, sob pressão, empresa vai fazer revisão de portfólio (Jason Alden/Bloomberg)

A BP anunciou nesta terça-feira (5) um lucro ajustado de US$ 2,4 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 14% em relação aos US$ 2,8 bilhões do ano anterior. Apesar do número abaixo no ano contra ano, o resultado superou as expectativas médias de analistas, que era de um lucro de US$ 1,8 bilhão.

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O balanço da BP acontece apenas um dia após a empresa ter anunciado sua maior descoberta de petróleo e gás em 25 anos na bacia de Santos, no pré-sal brasileiro. Além do petróleo no Bloco Bumerangue, em Santos, onde é proprietária única, a BP já havia anunciado apenas em 2025 achados em Trinidad e Egito.

O lucro ajustado de US$ 2,4 bilhões da BP supera os US$ 1,4 bilhão reportado no primeiro trimestre. O fluxo de caixa operacional foi de US$ 6,3 bilhões, contra US$ 2,8 bilhões no trimestre anterior, mesmo incluindo um pagamento de US$ 1,1 bilhão relacionado ao acordo do Golfo do México.

A unidade de produção de petróleo e operações gerou US$ 2,3 bilhões em lucro ajustado RC, embora esse valor tenha ficado abaixo do ano anterior devido a preços realizados mais fracos e maior depreciação.

A produção subiu 2,5% em relação ao ano anterior, alcançando 1,52 milhão de barris de óleo equivalente por dia. Os preços realizados de líquidos caíram para US$ 59,74 por barril, ante US$ 73,05 no ano passado.

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O segmento de gás e energia de baixo carbono registrou US$ 1,5 bilhão em lucro ajustado RC, praticamente estável em relação ao ano anterior, com a produção menor sendo compensada por margens mais altas. A produção reportada caiu 13% devido a desinvestimentos no Egito e em Trinidad.

Pressão de acionistas e revisão de ativos

A BP que fará uma revisão de seu portfólio de ativos e avaliará novos cortes de custos como parte de um esforço para melhorar o retorno aos acionistas. As medidas anunciadas nesta terça-feira se somam ao plano apresentado no início de ano de vender 20 bilhões em ativos até 2027, reduzir gastos, limitar recompras de ações e cortar custos, após pressão de acionistas para aumentar a lucratividade, especialmente do investidor ativista Elliott.

“Faremos uma revisão completa de nosso portfólio de negócios para garantir que estamos maximizando o valor para os acionistas, alocando capital de forma eficaz. Também estamos iniciando uma nova revisão de custos”, disse o CEO da BP, Murray Auchincloss.

“A BP pode (e vai) entregar mais aos seus investidores”, afirmou Auchincloss.

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A BP tem como meta reduzir custos entre US$ 4 e US$ 5 bilhões em relação aos níveis de 2023 até o final de 2027, dos quais já alcançou US$ 1,7 bilhão, segundo informou.

O dividendo trimestral será elevado para 8,32 centavos de dólar, ante 8 centavos no primeiro trimestre, e o ritmo do programa de recompra de ações será mantido, com mais US$ 750 milhões em recompras até a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, informou a empresa.

As ações da BP têm tido desempenho inferior ao de suas concorrentes desde sua entrada no setor de energias renováveis em 2020, sob o comando do ex-CEO Bernard Looney.

Desde a reestruturação estratégica anunciada por Auchincloss em fevereiro, as ações da BP caíram cerca de 3,5%, enquanto ações da Shell e da Exxon subiram cerca de 2,4%, conforme dados de segunda-feira.

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Com informações da Reuters

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