Política

Após fala de Pujol, Bolsonaro diz que Forças Armadas estão sob autoridade suprema do presidente

13 nov 2020, 19:49 - atualizado em 13 nov 2020, 19:49
Jair Bolsonaro
Devem, por isso, se manter apartidárias, ´baseadas na hierarquia e na disciplina (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que as Forças Armadas devem permanecer apartidárias, mas destacou que têm de atuar “baseadas na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República”, em resposta a falas do comandante do Exército, general Edson Pujol, que havia defendido o distanciamento de militares da política.

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“A afirmação do general Edson Leal Pujol (escolhido por mim para comandante do Exército), que ‘militares não querem fazer parte da política’, vem exatamente ao encontro do que penso sobre o papel das Forças Armadas no cenário nacional”, disse Bolsonaro, em publicação nas redes sociais.

“São elas o maior sustentáculo e garantidores da democracia e da liberdade e destinam-se, como reza a Constituição, ‘à defesa da Pátria, à garantia dos Poderes constitucionais e, por iniciativa de quaisquer destes, da lei e da ordem'”, emendou.

“Devem, por isso, se manter apartidárias, ´baseadas na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República´”.

Mais cedo, em mais uma lance na tentativa de demarcar a distância entre o governo de Bolsonaro e as Forças Armadas, Pujol afirmou que os militares da ativa não querem fazer parte da política, em meio a diversas falas polêmicas do presidente.

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Pujol disse, em um seminário sobre defesa nacional, que “somos instituição de Estado, não somos instituição de governo”.

“Não temos partido, nosso partido é o Brasil, independentemente de mudanças ou permanências de determinado governo por um período longo. As Forças Armadas cuidam do país, da nação, elas são instituição de Estado, permanentes, não mudamos a cada quatro anos a nossa maneira de pensar, de como cumprir as nossas missões”, disse.

Na véspera, em uma live organizada pelo Instituto para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) sobre defesa, o general fora na mesma linha.

O incômodo dos militares da ativa com a identificação do governo Bolsonaro com as Forças Armadas tem crescido. Hoje, nove dos 23 ministros do governo têm origem militar. Mais do que isso, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello –chamado para atender uma situação de emergência e que acabou sendo efetivado no cargo– é da ativa e não tem planos de ir para reserva, o que incomoda os militares.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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