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Após quebra da FTX, Bitso coloca transparência para jogo e aposta em “Prova que Importa”

24 nov 2022, 19:34 - atualizado em 24 nov 2022, 19:34
Prova de Reservas Bitso criptomoedas
Direto ao ponto: para a Bitso, atual modelo de prova de reservas não prova muita coisa (Imagem: Unsplash/Quantitatives)

A Bitso, plataforma de criptomoedas, publicou seu ponto de vista sobre a Prova de Reservas. A Prova de Reservas é um mecanismo que vem sendo discutido entre corretoras para que sejam mais transparentes, evitando que aconteça um caso similar à quebra da FTX novamente.

Conforme declarado no documento publicado nesta quinta-feira (24) em seu blog, a Bitso está trabalhando na Prova que Importa, que vai além de provar reservas, para buscar assegurar aos seus clientes que seus fundos estão seguros.

A companhia declara que algumas das provas de fundos ou prova de reservas são somente uma lista de carteiras e, apesar de ter se tornado uma prática em todo o mercado, levanta algumas preocupações por duas razões principais:

  1. Não prova a propriedade das chaves necessárias para mover as moedas das carteiras da exchange;
  2. Não há garantia de que as moedas nessas carteiras sejam suficientes para cobrir todos os passivos da exchange.

“Para ser solvente, os ativos devem ser maiores que os passivos. Em outras palavras, ser solvente significa que, dados os ativos e passivos atuais, se os clientes fossem sacar 100% de seus fundos ao mesmo tempo, eles conseguiriam fazer isso. Enquanto os clientes não souberem o número de passivos, eles não têm como saber se a empresa é solvente ou não”, mencionou a Bitso em seu blog.

Agora, a Bitso está pedindo aos clientes que foquem na Prova que Importa, que para a empresa é a única prova relevante, uma vez que mostra que o saldo total de reserva é suficiente para cobrir o total de passivos (o valor total de depósitos dos clientes).

“Somos uma plataforma global de reserva completa, o que significa que mantemos ativos para cada depósito de nossos clientes e não tocamos nesses fundos sem sua permissão explícita. Estamos trabalhando em várias estratégias para prover transparência aos nossos clientes, mas algumas dessas ações levam tempo porque não queremos fazer isso rápido; queremos fazer direito”, acrescentou a empresa.

Cinco ações que a Bitso diz incluir em sua Prova que Importa:

  1. Uma Merkle Tree e um relatório de solvência: um mecanismo para validar o saldo dos clientes. A empresa se comprometeu a ter isso pronto em menos de um mês.
  2. Auditoria feita por um terceiro: A Bitso está procurando um parceiro externo que irá validar os passivos, ativos e atestar solvência.
  3. Grupo de trabalho no mercado: A Bitso entrou em contato com várias empresas respeitáveis e líderes renomados em nosso setor para trabalharmos juntos na construção de um padrão de mercado.
  4. Prova de Conhecimento Zero – Zero Knowledge (“ZK”): essa prova criptográfica comprova quando algo é verdadeiro sem revelar nenhuma informação do cliente.
  5. Trabalho junto aos reguladores: Como cripto continua em evolução, a Bitso está comprometida em compartilhar as melhores práticas do mercado e criar estruturas políticas que promovam um setor mais transparente, seguro e responsável.

“O mais incrível sobre cripto é a promessa de um futuro que elimina a necessidade de um terceiro para garantir a confiança. A nossa visão de futuro se baseia em permitir que qualquer pessoa possa provar que os seus fundos estão devidamente guardados sem ter de recorrer a terceiros. Estamos ansiosos para ter um padrão de mercado que mantenha todos os participantes totalmente responsáveis perante seus clientes em todos os momentos. Na Bitso, estamos trabalhando incansavelmente para que isso aconteça”, finaliza o blog.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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