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Arroz com feijão deve resistir ao ‘pacote de bondades’ e não cozinhar mais inflação

22 abr 2022, 13:25 - atualizado em 22 abr 2022, 13:27
Safra de arroz está para ser concluída, resultando em maior volume contra preços (Imagem: Unsplash/@bamin)

As indústrias, o atacado e o varejo podem até tentar aplicar preços ao arroz e feijão com a entrada de mais recursos na economia nos próximos dias, porém não há muita chance de que o resultado seja muito impactante para o consumidor e para a inflação. A oferta das safras será contrapeso.

Isto porque os dois mercados estão em calmaria, esperando chegar mais volumes novos dos produtores, caso contrário só a expectativa de entrada de mais uma parcela do Auxílio Brasil e de parte do FGTS e do 13º de aposentados e pensionistas do INSS seria suficiente para turbinar os preços.

Ou seja, o prato nacional deve resistir ao ‘pacote de bondades’ do governo.

Além disso, ainda há arroz e feijão sobrando nos pontos de vendas, depois de duas semanas mais curtas pelos feriadões, que inibiram um pouco mais o consumo, incluindo em bares e restaurantes.

Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, acredita em melhora do consumo, inclusive, com a economia mais irrigada, mas há uma boa parcela do dinheiro que vai entrar com destinação carimbada, as dívidas, segundo algumas pesquisas. Em FGTS, espera-se a chegada de R$ 30 bilhões, com R$ 10 bilhões indo para alimentos em geral.

A safra de arroz já está passando dos 84% no Rio Grande do Sul e em 90% em Santa Catarina e Tocantins. Embora o volume gaúcho, maior provedor nacional, caia um pouco em relação a última campanha, de todo modo é oferta sendo distribuída.

O analista inclusive tem visto preços praticados em queda para o produtor, de R$ 105 para R$ 100, por exemplo. E, no varejo, os pacotes de 5 kg com muita promoção abaixo dos R$ 25.

Para o feijão, o grosso da temporada chega em duas e três semanas, diz, dificilmente se mantendo no pico de R$ 380 a saca. Os R$ 300 estão mais próximos de serem atingidos nas vendas aos empacotadores.

No varejo, a média de R$ 6 a R$ 8, conforme a marca, não deverá ser ultrapassada no curto e médio prazos.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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